Engrosso o coro dos insatisfeitos com o rendimento do dentuço, agora com as vestes do maior clube de futebol do Brasil. Ele é craque, tecnicamente está acima da maioria dos jogadores no País e vem numa conduta muito profissional com o clube. Isso não se discute, porém seu futebolzinho apresentado até agora, esse sim, dá assunto para muitas discussões.
Até agora foi apenas um gol de falta, contra o Boavista, na final da Taça Guanabara. Desde então, suas cobranças têm sido perigosas, e nada além disso. ALguns alegam falta sorte, o que não seria absurdo. Contra o Atlético-PR, uma cobrança por cima do gol e outra, bem colocada, foi defendida pelo goleiro.
Mas o grande problema não são as cobranças de falta. Nosso camisa 10 vem tendo atuações muito, muito apagadas. Ninguém espera que repita os áureos tempos de Barcelona, mas será que TODO aquele futebol praticado com a camisa blaugrana ficou esquecido? Nestas primeiras quatro rodadas do Brasileirão, dribles e jogadas de efeito só tiveram presença na partida contra os reservas do Avaí, na estreia. A mídia, mais uma vez, exaltou Ronaldinho. A torcida se empolgou. quando todos esperavam uma sequencia de atuações decisivas, mais uma vez o Gaúcho ficou devendo.
O que se espera de um jogador deste quilate, ainda por cima ostentando a braçadeira de capitão, é que conduza o Flamengo à disputa do título. Não adianta argumentar que ele está em processo de adaptação e a torcida precisa ter paciência. Quem sabe jogar, e está com vontade de jogar, joga. Na última Copa do Mundo, vimos um centroavante jogar como armador e ser eleito o melhor jogador da competição. Perguntem a Diego Forlán se ele reclamou com o técnico algo como "não vai dar, joguei a temporada inteira no ataque, até eu me adaptar já acabou a Copa". Nada disso, vestiu a camisa e jogou muito.
Não dá para torcida e imprensa passarem a mão na cabeça de Ronaldinho e aguardar que seu belo futebol retorne aos poucos. Ganha um milhão por mês para jogar no Flamengo, com a camisa dez e a braçadeira de capitão. Tem a responsabilidade de conduzir o time, e a obrigação de ser mais efetivo nas partidas.
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