O lado bom da política tem pouco espaço na mídia, e consequentemente, nos debates da população. Não à toa, o número de ausentes e votos nulos ou brancos foi tão grande nas eleições País afora. Aqui no Município do Rio de Janeiro a abstenção foi de 20%. Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, foi de 17%. Some-se a essa elevada abstenção um percentual significativo de votos nulos ou brancos, que fazem o prefeito reeleito Eduardo Paes ter uma aprovação de “apenas” 44,4% em relação a TODO o eleitorado carioca. Seus 2.097.733 votos equivalem a 64% dos votos válidos, mas não quer dizer que mais da metade da população carioca esteja satisfeita com sua gestão.
Esses números evidenciam uma triste realidade: aquele cidadão que não se preocupa com as questões políticas e bate no peito, orgulhoso, para se ausentar de responsabilidades pela gestão da cidade, só ajuda a perpetuar no poder o principal responsável pelas suas insatisfações: o prefeito. Delega a outros a decisão sobre quem vai assinar a gestão da saúde, educação, transportes, políticas habitacionais e todos os outros projetos de infraestrutura da cidade.
Essa postura covarde de uma grande parcela do eleitorado carioca e nacional reflete uma grave desilusão do brasileiro com a política. A participação na vida política está associada, infelizmente, à corrupção, como se todos os políticos brasileiros fossem ruins. Por isso, poucas pessoas procuram saber das atribuições desses legítimos representantes do povo, de seus trabalhos em comissões parlamentares para discutir e solucionar problemas específicos, das propostas e emendas constitucionais de grande utilidade para a sociedade, mas reprovadas por “boicotes” da oposição, etc. Informadas sobre, muitas dessas pessoas teriam postura diferente. Como diz o filósofo, informação é poder.
Por isso a importância da imprensa como fiscal do poder público: informar a população sobre as decisões dos representantes dessa população. E ela tem se mostrado muito eficiente na divulgação de casos de corrupção e improbidade administrativa, como temos visto no impeachment de Collor, as estripulias de Paulo Maluf, os mensalões petista e do DEM e as relações obscuras entre o ex-senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, só para citar exemplos mais recentes.
Fatos tristes, lamentáveis, que devem ser repassados à sociedade
Assim como os bons exemplos de políticos honestos e empenhados no bem-estar da sociedade.
Você sabe como funciona uma Câmara Municipal? Quais as atribuições dos três poderes? O que fazem os deputados da Alerj? Como funciona a abertura de uma CPI? Qual a atuação específica de cada uma das três esferas do executivo? Essas e outras questões, infelizmente, não são discutidas. Para esse debate entrar na agenda da sociedade, a imprensa teria um papel fundamental.
A mídia tem o papel fundamental de manter a sociedade informada, para que esta possa cobrar seus direitos e ter consciência de seus deveres. Mas, no papel de trazer a pauta política para a agenda da população, não tem feito de forma completa: apenas os podres da política tem ganho espaço nos jornais. É necessária uma cobertura mais profunda das atuações de vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidentes.
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Carnaval e política = (uma pertinente) confusão
Em época de eleições é fundamental que a população se mantenha mais alerta do que nunca. O governo aproveita para realizar promessas engavetadas durante os três anos e meio anteriores ao pleito. O povo, claro, cai como bobo, já acostumado com o dito "rouba, mas faz". "Ah, pelo menos ele está fazendo alguma coisa", é o que mais tenho ouvido ultimamente. Ou então "mudar para quê? É tudo a mesma merda", e por aí vai.
Aí, o sujeito vai lá e vota no Zé das Couves, achando que é protesto. Ou não vota em ninguém, pois está descrente com o mundo, e depois quer posar de revoltado com a política vigente neste país de merda.
Na hora de se revoltar de fato, prefere ficar acomodadinho, bem quietinho. E aí, mermão, eles fazem a festa. Aproveitam da ignorância coletiva para vender o peixe que lhes for conveniente.
Afinal, nesta peixaria chamada Brasil, o cliente nunca tem razão. Ele nem sabe o que é ter razão, pois ele não escolhe nada. "É tudo peixe", é o que ele pensa.
Daí se aproveitou a presidente do Salgueiro na última quinta-feira, aproveitando para jogar Marcelo Freixo contra o povo lançando um manifesto patético onde acusa o candidato de censurador do carnaval(leia aqui). Como se não bastasse, ainda libera a quadra de graça para um "protesto". Protesto contra o quê mesmo? Que se dane, eu quero é samba!
Ela sabe que funciona assim. Eles todos sabem.
Você também deveria saber.
Como não poderia ser diferente, o candidato se defendeu dos ataques patéticos e explicou o que pretende no seu programa de governo: destinar o dinheiro da prefeitura (dinheiro seu, diga-se de passagem) de maneira correta, ou seja, para o povo. Não para financiar esquemas de lavagem de dinheiro (esse incentivo às escolas de samba não é declarado) e um carnaval puramente comercial.
Agora, perca seis minutos da sua vida para assistir este vídeo e tirar suas próprias conclusões:
Agora, se você comprar peixe estragado novamente, não reclame que ninguém te avisou.
Aí, o sujeito vai lá e vota no Zé das Couves, achando que é protesto. Ou não vota em ninguém, pois está descrente com o mundo, e depois quer posar de revoltado com a política vigente neste país de merda.
Na hora de se revoltar de fato, prefere ficar acomodadinho, bem quietinho. E aí, mermão, eles fazem a festa. Aproveitam da ignorância coletiva para vender o peixe que lhes for conveniente.
Afinal, nesta peixaria chamada Brasil, o cliente nunca tem razão. Ele nem sabe o que é ter razão, pois ele não escolhe nada. "É tudo peixe", é o que ele pensa.
Daí se aproveitou a presidente do Salgueiro na última quinta-feira, aproveitando para jogar Marcelo Freixo contra o povo lançando um manifesto patético onde acusa o candidato de censurador do carnaval(leia aqui). Como se não bastasse, ainda libera a quadra de graça para um "protesto". Protesto contra o quê mesmo? Que se dane, eu quero é samba!
Ela sabe que funciona assim. Eles todos sabem.
Você também deveria saber.
Como não poderia ser diferente, o candidato se defendeu dos ataques patéticos e explicou o que pretende no seu programa de governo: destinar o dinheiro da prefeitura (dinheiro seu, diga-se de passagem) de maneira correta, ou seja, para o povo. Não para financiar esquemas de lavagem de dinheiro (esse incentivo às escolas de samba não é declarado) e um carnaval puramente comercial.
Agora, perca seis minutos da sua vida para assistir este vídeo e tirar suas próprias conclusões:
Agora, se você comprar peixe estragado novamente, não reclame que ninguém te avisou.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
O que tem demais na derrota da Espanha sub-23?
Muito se fala no futebol da seleção espanhola como o melhor do mundo. Afirmação justa e indiscutível. Mas, como sempre, a imprensa busca teorias exageradas que expliquem o sucesso dos espanhóis. Já li e ouvi sobre CT mágico do Barcelona, seleções de base que copiam o padrão de jogo da seleção principal, inserção correta e moderada dos jovens nas equipes principais etc.
Portanto, quando a equipe olímpica espanhola pisou os gramados do Hampden Park, em Glasgow, para o duelo contra o Japão...se esperava um massacre! O toque de bola encantador da "escola espanhola" se sobreporia fácil, fácil diante dos limitados nipônicos.
Mas os comentaristas, jornalistas, especialistas e outros "istas" de plantão se esqueceram que ali não estavam Xavi, Xabi Alonso e Iniesta. Os motores do time espanhol que encanta o mundo e a verdadeira resposta para as teorias sobre o sucesso espanhol.
Estavam, sim, jovens muito promissores, como Juan Mata, Javi Martínez, Koke, Isco, Ander Herrera...mas nenhum deles joga "like a Iniesta/Xavi".
Portanto, por que esperar do sub-23 espanhol o mesmo rendimento do time principal. Os garotos não tem metade do entrosamento desta avassaladora Fúria campeã de tudo. Ainda assim, obviamente, tentaram jogar no estilo da seleção sênior mas, sem o entrosamento e a categoria das feras de Barcelona e Real Madrid, obviamente não foi tão fácil. Bastou um pouco de correria dos japas e a defesa espanhola se mostrou perdidinha, perdidinha. Aliás, o time todo se mostrou sem recursos e teve muita sorte de não ser massacrado pelos japas.
O time espanhol se mostrou para lá de comum. Pensavam ser o talento dos atuais campeões mundiais e europeus repassado através das camisas e só se tocaram da real quando não conseguiam furar a retranca japonesa com a facilidade dos seus mentores. Resultado: jogaram como qualquer timezinho, cruzando bolas na área a torto e direito ou chutando da maneira como a bola aparecia na frente.
Num grupo com HOnduras e Marrocos, se espera que a Espanha avance junto ao Japão. Mas a partida de ontem serviu para quebrar o status da Espanha de novo grande-super-mega formador de jogadores, e evidenciou o que ninguém queria enxergar: a Espanha é o que é hoje devido à excepcional geração que dispõe no momento, nada mais do que isso. Talento, meus amigos, não é hereditário nem se passa por tecido de camisa.
Portanto, quando a equipe olímpica espanhola pisou os gramados do Hampden Park, em Glasgow, para o duelo contra o Japão...se esperava um massacre! O toque de bola encantador da "escola espanhola" se sobreporia fácil, fácil diante dos limitados nipônicos.
Mas os comentaristas, jornalistas, especialistas e outros "istas" de plantão se esqueceram que ali não estavam Xavi, Xabi Alonso e Iniesta. Os motores do time espanhol que encanta o mundo e a verdadeira resposta para as teorias sobre o sucesso espanhol.
Estavam, sim, jovens muito promissores, como Juan Mata, Javi Martínez, Koke, Isco, Ander Herrera...mas nenhum deles joga "like a Iniesta/Xavi".
Portanto, por que esperar do sub-23 espanhol o mesmo rendimento do time principal. Os garotos não tem metade do entrosamento desta avassaladora Fúria campeã de tudo. Ainda assim, obviamente, tentaram jogar no estilo da seleção sênior mas, sem o entrosamento e a categoria das feras de Barcelona e Real Madrid, obviamente não foi tão fácil. Bastou um pouco de correria dos japas e a defesa espanhola se mostrou perdidinha, perdidinha. Aliás, o time todo se mostrou sem recursos e teve muita sorte de não ser massacrado pelos japas.
O time espanhol se mostrou para lá de comum. Pensavam ser o talento dos atuais campeões mundiais e europeus repassado através das camisas e só se tocaram da real quando não conseguiam furar a retranca japonesa com a facilidade dos seus mentores. Resultado: jogaram como qualquer timezinho, cruzando bolas na área a torto e direito ou chutando da maneira como a bola aparecia na frente.
Num grupo com HOnduras e Marrocos, se espera que a Espanha avance junto ao Japão. Mas a partida de ontem serviu para quebrar o status da Espanha de novo grande-super-mega formador de jogadores, e evidenciou o que ninguém queria enxergar: a Espanha é o que é hoje devido à excepcional geração que dispõe no momento, nada mais do que isso. Talento, meus amigos, não é hereditário nem se passa por tecido de camisa.
sexta-feira, 6 de julho de 2012
O futebol brasileiro ganhou junto com o Corinthians
O futebol brasileiro ganhou muito com o título do Corinthians na Libertadores, a despeito da torcida contra dos outros torcedores. Todos viram quarta-feira no Pacaembu um time de futebol na essência da palavra: com padrão tático, defesa forte e bom toque de bola. Planejamento, organização dentro e fora de campo e manutenção do treinador são alguns dos motivos que levaram a Fiel a comemorar o mais importante título das Américas pela primeira vez em 102 anos.
O Corinthians está longe de jogar um futebol vistoso, com jogadas de efeito ou dribles espetaculares. Joga para o gasto. Se arma muito bem na defesa, e sai "na boa", com atacantes rápidos e toque de bola envolvente. Não tem nenhum super craque badaladíssimo, mas tem excelentes jogadores que, juntos, compõem um grupo. Todos marcam, todos jogam juntos.
Mas para se forma um time com padrão tático e entrosado, é necessário tempo para treinar e, obviamente, manter os jogadores por um longo período juntos. Foi exatamente o que fez a diretoria do Corinthians, ao manter o técnico Tite no comando, apesar de o mesmo ter sofrido pressões a cada mau resultado da equipe neste período. Fosse como a maioria dos times no Brasil, teria Tite sido demitido já na derrota para o Tolima, no ano passado. Felizmente, por lá a coisa foi diferente.
Igualmente importante foi o esforço da diretoria para manter os jogadores no elenco. Dos titulares em campo quarta-feira, oito trabalham com Tite desde sua chegada ao Parque São Jorge. Os três "forasteiros" são Cássio, Emerson Sheik e Alex, sendo os dois últimos campeões brasileiros no ano passado.
Não é segredo para ninguém que um grande time precisa ser unido, entrosado, com um técnico respeitado pelos jogadores e respaldado pela diretoria. Tudo isso nós vemos no Corinthians, e não vemos na maioria dos times do Brasil. As teorias sobre planejamento, manutenção de elenco e permanência de treinador ganham ainda mais força com a vitória do Corinthians, que vai servir de "puxão de orelhas" nos demais dirigentes.
O Corinthians está longe de jogar um futebol vistoso, com jogadas de efeito ou dribles espetaculares. Joga para o gasto. Se arma muito bem na defesa, e sai "na boa", com atacantes rápidos e toque de bola envolvente. Não tem nenhum super craque badaladíssimo, mas tem excelentes jogadores que, juntos, compõem um grupo. Todos marcam, todos jogam juntos.
Mas para se forma um time com padrão tático e entrosado, é necessário tempo para treinar e, obviamente, manter os jogadores por um longo período juntos. Foi exatamente o que fez a diretoria do Corinthians, ao manter o técnico Tite no comando, apesar de o mesmo ter sofrido pressões a cada mau resultado da equipe neste período. Fosse como a maioria dos times no Brasil, teria Tite sido demitido já na derrota para o Tolima, no ano passado. Felizmente, por lá a coisa foi diferente.
Igualmente importante foi o esforço da diretoria para manter os jogadores no elenco. Dos titulares em campo quarta-feira, oito trabalham com Tite desde sua chegada ao Parque São Jorge. Os três "forasteiros" são Cássio, Emerson Sheik e Alex, sendo os dois últimos campeões brasileiros no ano passado.
Não é segredo para ninguém que um grande time precisa ser unido, entrosado, com um técnico respeitado pelos jogadores e respaldado pela diretoria. Tudo isso nós vemos no Corinthians, e não vemos na maioria dos times do Brasil. As teorias sobre planejamento, manutenção de elenco e permanência de treinador ganham ainda mais força com a vitória do Corinthians, que vai servir de "puxão de orelhas" nos demais dirigentes.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Aliança de Lula com Maluf é culpa do sistema político brasileiro
O país inteiro se chocou ao ver Lula apetar a mão de Paulo Maluf e selar o apoio do progressista à candidatura de Fernando Haddad. A primeira vista, uma grande surpresa; mas se pararmos para visualizar a conjuntura política no Brasil, fica fácil entender o que está por trás de imagem tão intragável: mas passado os primeiros minutos do baque provocado por tal situação, a cabeça volta ao lugar e ajuda a compreender os motivos de tal aliança. 
Em pesquisa realizada pelo Datafolha na semana passada, Haddad aparece com 8% dos votos, contra 30% de Serra. O motivo? Um pouco mais de exposição na TV com o presidente Lula. Em troca de mais 1 minuto e meio no horário eleitoral (acredite, isso é muita coisa), o PT sela essa aliança com corrupto Maluf, um clássico "rouba, mas faz", com um eleitorado decadente mas ainda expressivo em São Paulo. Além do tempo de TV (fundamental para um candidato desconhecido como Haddad), Maluf vai garantir mais uma boa fatia de votos para o petista. Atrás desses votos estava Serra, desagradado em perder o apoio de Maluf para o PT.
A questão é: onde entra a ideologia do PT nesta história? Ao meu ver, ela só vai entrar depois de assumido o governo: no momento, ela fica em segundo plano, pois o mais importante é garantir a eleição de Haddad, custe o que custar. Até mesmo uma aliança com Paulo Maluf. Haddad precisa dos votos do deputado, caso contrário eles iriam para José Serra, e aí suas chances de vitória diminuiriam consideravelmente.
É muito fácil para a esquerda oposicionista criticar o Partido dos Trabalhadores, mas a eles faço uma pergunta: o que fariam caso estivessem na situação? E de que forma planejam um dia serem eleitos? Se a resposta for algo como "preferimos perder a eleição a nos sujeitarmos a esse tipo de coisa", alguma coisa está errada.
É claro que o grande número de alianças realizadas pelo PT nas últimas eleições vêm desagradando o eleitor petista, e dando ao partido uma imagem de "vendido". Mas, devido a essa verdadeira orgia pluripartidária, onde partidos são criados à base de interesses pessoais, coligações são montadas com base em necessidades políticas (votos, secretarias, ministérios, tempo de TV), em detrimento das afinidades ideológicas. A aliança com Maluf fere o ego petista, mas política no Brasil é assim: ou você cola com o lobo e vai à caça dos seus interesses, ou faz o papel do cordeiro que berra, berra mas não sai do lugar.

Em pesquisa realizada pelo Datafolha na semana passada, Haddad aparece com 8% dos votos, contra 30% de Serra. O motivo? Um pouco mais de exposição na TV com o presidente Lula. Em troca de mais 1 minuto e meio no horário eleitoral (acredite, isso é muita coisa), o PT sela essa aliança com corrupto Maluf, um clássico "rouba, mas faz", com um eleitorado decadente mas ainda expressivo em São Paulo. Além do tempo de TV (fundamental para um candidato desconhecido como Haddad), Maluf vai garantir mais uma boa fatia de votos para o petista. Atrás desses votos estava Serra, desagradado em perder o apoio de Maluf para o PT.
A questão é: onde entra a ideologia do PT nesta história? Ao meu ver, ela só vai entrar depois de assumido o governo: no momento, ela fica em segundo plano, pois o mais importante é garantir a eleição de Haddad, custe o que custar. Até mesmo uma aliança com Paulo Maluf. Haddad precisa dos votos do deputado, caso contrário eles iriam para José Serra, e aí suas chances de vitória diminuiriam consideravelmente.
É muito fácil para a esquerda oposicionista criticar o Partido dos Trabalhadores, mas a eles faço uma pergunta: o que fariam caso estivessem na situação? E de que forma planejam um dia serem eleitos? Se a resposta for algo como "preferimos perder a eleição a nos sujeitarmos a esse tipo de coisa", alguma coisa está errada.
É claro que o grande número de alianças realizadas pelo PT nas últimas eleições vêm desagradando o eleitor petista, e dando ao partido uma imagem de "vendido". Mas, devido a essa verdadeira orgia pluripartidária, onde partidos são criados à base de interesses pessoais, coligações são montadas com base em necessidades políticas (votos, secretarias, ministérios, tempo de TV), em detrimento das afinidades ideológicas. A aliança com Maluf fere o ego petista, mas política no Brasil é assim: ou você cola com o lobo e vai à caça dos seus interesses, ou faz o papel do cordeiro que berra, berra mas não sai do lugar.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Critério de desempate na Euro é o mais justo
O confronto direto como primeiro critério de desempate trouxe mais emoção aos jogos da Eurocopa. Dessa forma, fica impossível uma eqipe garantir a vaga por antecipação, e permite a equipes massacradas em algum dos dois primeiros jogos sonhar com um lugar nas quartas-de-final.
Fosse priorizado o saldo de gols como critério de desempate, a Rússia enfrentaria a Grécia podendo perder por dois gols de diferenaça, já que goleara a República Tcheca na primeira rodada por 4 a 1. Mas bastou vencer por 1 a 0 e os helênicos comemoraram a vaga para a próxima fase. E os russos, que demonstravam até então um excelente futebol e se credenciavam como as surpresas do torneio, pegaram o avião de volta para Moscou.
NO Grupo B, o mais embolado e difícil do torneio, a situação era semelhante. Alemanha e Dinamarca se enfrentavam, e quem vencesse garantia uma das vagas. A outra ficaria entre Portugal e Holanda, sendo necessário aos holandeses dois gols de diferença. Fosse utilizado o saldo de gols, ia ser um imbróglio danado de saldos e gols marcados. Mas, com esse novo critério, a última rodada se transformou num autêntico mata-mata.
Neste momento, pelo Grupo C, Croácia e Irlanda empatam e a Itália vence a Irlanda por 1 a 0. Dessa forma, avançariam croatas e espanhóis, com os ibéricos na primeira colocação. Mas com o novo critério, a liderança vai para os italianos e os croatas ficam de fora.
A FIFA poderia adotar este critério para as Eliminatórias e a Copa do Mundo. Seria mais justo e transformaria todas as partidas em autênticos mata-mata, pois as equipes entrariam conscientes de que um mau resultado pode ser crucial como criitério de desempate.
Fosse priorizado o saldo de gols como critério de desempate, a Rússia enfrentaria a Grécia podendo perder por dois gols de diferenaça, já que goleara a República Tcheca na primeira rodada por 4 a 1. Mas bastou vencer por 1 a 0 e os helênicos comemoraram a vaga para a próxima fase. E os russos, que demonstravam até então um excelente futebol e se credenciavam como as surpresas do torneio, pegaram o avião de volta para Moscou.
NO Grupo B, o mais embolado e difícil do torneio, a situação era semelhante. Alemanha e Dinamarca se enfrentavam, e quem vencesse garantia uma das vagas. A outra ficaria entre Portugal e Holanda, sendo necessário aos holandeses dois gols de diferença. Fosse utilizado o saldo de gols, ia ser um imbróglio danado de saldos e gols marcados. Mas, com esse novo critério, a última rodada se transformou num autêntico mata-mata.
Neste momento, pelo Grupo C, Croácia e Irlanda empatam e a Itália vence a Irlanda por 1 a 0. Dessa forma, avançariam croatas e espanhóis, com os ibéricos na primeira colocação. Mas com o novo critério, a liderança vai para os italianos e os croatas ficam de fora.
A FIFA poderia adotar este critério para as Eliminatórias e a Copa do Mundo. Seria mais justo e transformaria todas as partidas em autênticos mata-mata, pois as equipes entrariam conscientes de que um mau resultado pode ser crucial como criitério de desempate.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
A hora de voltar a ser grande?
Essa é a pergunta que os torcedores do Galo e todos os aficionados por futebol se fizeram após o anúncio da contratação de Ronaldinho Gaúcho. Birutice do presidente Alexandre Kalil? Ou um “projeto” ousado para recolocar o clube entre os grandes do futebol brasileiro? Problemas para Cuca? Ou solução para ele e uma equipe carente de grandes jogadores? Vamos a uma breve análise:
O time atleticano parece bom e bem acertado. Mais um trabalho do competente Cuca, um dos técnicos mais injustiçados do futebol brasileiro, que encaminhou uma equipe completamente desencontrada e incompetente a uma grande campanha no segundo turno do Brasileirão do ano passado (o Galo ficou em xxxx lugar) continuando na primeira divisão. Campeão mineiro deste ano, Cuca sofre com problemas na montagem do elenco, como qualquer treinador no Brasil. Mas as perspectivas são promissoras para este campeonato.
O elenco
Os goleiros Renan Ribeiro e Giovanni são uma incógnita. Mas laterais, ocupadas por Marcos Rocha e Júnior César, estão bem-servidas. Na esquerda, inclusive, Júnior César tem a sombra de Triguinho. Parece pouca coisa, mas veja aí quantos times no Brasil tem bons laterais. Pois é. A zaga também não fica atrás: Rever e Léo Silva dispensam comentários. E o execrado pela torcida botafoguense Rafael Marques é um suplente de respeito.
O meio-campo conta com o (muito bom) volante Pierre (um dos pilares da consistência defensiva do Galo no segundo turno do Brasileirão passado), os experientes Richarlyson, Dudu Cearense e Leandro Donizete (este incluso na seleção do campeonato mineiro), além das crias da base Serginho e Filipe Soutto (fiquem de olho neste rapaz, pessoal). A criação das jogadas ficará a cargo de Ronaldinho Gaúcho, junto de Escudero, Mancini e outro jovem muito promissor: Bernard.
Opções para o ataque também não são escassas: André (ex-Santos), Jô, Neto Berola, Guilherme e Danilinho. O que esses cinco têm em comum? Não vingaram em suas incursões no futebol internacional (o que, obviamente, lhes diminui a credibilidade), mas são notadamente jogadores de qualidade, que podem surpreender no campeonato.
Relação técnico-presidente
Como vocês viram, o elenco não é um primor. E o respaldo de Cuca junto à diretoria é alto, muito alto, situação bem diferente de Luxemburgo no Flamengo. Se Ronaldinho Gaúcho entrar em rota de colisão com o treinador, cai o dentuço. Fato.
Além do mais,o presidente Kalil, torcedor fanático do clube, tem muito mais energia e pulso firme que uma Patrícia Amorim claramente preocupada com o ano de eleições, tanto no clube quanto para a Câmara Municipal (ela é vereadora pelo PSDB). A dispensa de Ronaldinho seria um desgaste forte para sua imagem, apesar das travessuras do dentuço. Se o comportamento irresponsável de Ronaldinho se repetir em BH, por outro lado, não vai ter moleza: Kalil e Cuca botam o Gaúcho para fora do clube, e com apoio da torcida.
Outro detalhe interessante foi o pouco destaque dado ao Gaúcho: nenhuma apresentação pomposa, a manutenção da camisa 10 com Guilherme - Ronaldinho utilizar a 49 – e a braçadeira de capitão, um cargo extremamente importante dentro de qualquer clube de futebol e banalizado na Gávea, continua com Rever.
Esse choque de realidade, aliada à vontade de Ronaldinho de mandar um “cala-boca” para Patrícia e a cúpula rubro-negra, podem ser decisivas para um bom desempenho do craque e, conseqüentemente, uma grande campanha do Atlético.
Animem-se, atleticanos. Preparem suas gargantas para entoar “Clube Atlético Mineiro, galo forte e vingador” com mais respeito e orgulho. Um semestre promissor lhes aguarda.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Refletindo sobre a greve
Na próxima terça-feira, às 15h, os professores da UERJ entram em Assembléia para sacramentar uma nada surpreendente greve. Com isso, alunos já lamentam formaturas atrasadas e aulas no verão ensolarado. Outros, porém, consideram a causa justa e aderem aos professores e funcionários, estes descontentes com os baixos salários e as más condições de trabalho. Por outro lado, ventila-se nos corredores que esta greve conta com a presença de partidos, interessados em enfraquecer o governo para as eleições deste ano. A questão central é: a Uerj precisa de mudanças urgentes para frear a crescente perda de qualidade na formação dos alunos. E nós, por nossas vezes, pouco nos preocupamos em entender a situação. Sem perceber
Ontem à noite, por volta das 21h30, saía pelo portão principal da Uerj quando me deparei com um pequeno grupo de estudantes, no que fora um pouco mais cedo uma manifestação. Fui conversar com o cara que tocava o bumbo, e este já cansado do tanto que deve ter batido aquilo ali, me atendeu sem o menor problema:
O que está rolando aqui?
Estamos protestando contra esta universidade, que está uma merda!
É cara, mais uma greve para foder a gente. Vai atrasar a formatura de vários alunos - comentei
Será? Se a coisa continuar como está, daqui há dez anos o nível desta universidade vai estar uma porcaria, como várias outras por ai. A gente tem que pensar no coletivo: não passamos por aqui apenas para nos formar e ponto final. E quem vier depois estudar aqui, como fica? O salário dos professores aqui é ridículo, 500 reais para um cara dar aula! Estuda para caralho para dar
É...as coisas por aqui tem sido “empurradas com a barriga”, observei.
Perguntou qual o meu curso (jornalismo) e se estava satisfeito com as condições da minha faculdade. Respondi-lhe que as coisas haviam melhorado, mas os laboratórios não estavam lá na melhor das condições. Nos despedimos e fui tomar uma cerveja.
O governo se nega a investir os tais 6% da receita tributária líquida na UERJ, UENF e UEZO (esta última, coitada, nem campus tem: as aulas são ministradas em prédios alugados e escolas da Zona Oeste). O bandejão, tão difícil de sair do papel, quando sai não atende à demanda dos alunos corretamente. “Demorei uns 35 minutos para comer lá dia desses”, reclamou um amigo meu. Coordenadores de laboratórios precisam encaminhar projetos para a FAPERJ se quiserem mais recursos para desenvolver a formação prática dos alunos. Professores e funcionários ganham uma mixaria. Enquanto isso...o orçamento do estado não para de crescer.
Enquanto isso, a universidade continua sucateada. E nós, alunos, vamos nos formando como se nada disso tivesse qualquer relevância.
O bate-papo com o aluno tocador de bumbo foi muito útil para despertar minha cabeça, e me fazer refletir um pouco sobre o assunto. Se a greve é justa ou não, depende do ponto de vista. Injusto é a universidade continuar com seus problemas “empurrados com a barriga”. Era questão de tempo ela estourar novamente, e tem muita lógica ela ocorrer justamente no ano de eleições, o momento mais propício para chamar atenção e despertar a curiosidade da opinião pública. E nós, alunos, deveríamos prestar um pouco mais de atenção nos motivos dessa greve. Não digo para apoiarmos, mas pelo menos nos propormos um pouco mais ao debate, para que possam ser formuladas opiniões mais embasadas.
Ontem à noite, por volta das 21h30, saía pelo portão principal da Uerj quando me deparei com um pequeno grupo de estudantes, no que fora um pouco mais cedo uma manifestação. Fui conversar com o cara que tocava o bumbo, e este já cansado do tanto que deve ter batido aquilo ali, me atendeu sem o menor problema:
O que está rolando aqui?
Estamos protestando contra esta universidade, que está uma merda!
É cara, mais uma greve para foder a gente. Vai atrasar a formatura de vários alunos - comentei
Será? Se a coisa continuar como está, daqui há dez anos o nível desta universidade vai estar uma porcaria, como várias outras por ai. A gente tem que pensar no coletivo: não passamos por aqui apenas para nos formar e ponto final. E quem vier depois estudar aqui, como fica? O salário dos professores aqui é ridículo, 500 reais para um cara dar aula! Estuda para caralho para dar
É...as coisas por aqui tem sido “empurradas com a barriga”, observei.
Perguntou qual o meu curso (jornalismo) e se estava satisfeito com as condições da minha faculdade. Respondi-lhe que as coisas haviam melhorado, mas os laboratórios não estavam lá na melhor das condições. Nos despedimos e fui tomar uma cerveja.
O governo se nega a investir os tais 6% da receita tributária líquida na UERJ, UENF e UEZO (esta última, coitada, nem campus tem: as aulas são ministradas em prédios alugados e escolas da Zona Oeste). O bandejão, tão difícil de sair do papel, quando sai não atende à demanda dos alunos corretamente. “Demorei uns 35 minutos para comer lá dia desses”, reclamou um amigo meu. Coordenadores de laboratórios precisam encaminhar projetos para a FAPERJ se quiserem mais recursos para desenvolver a formação prática dos alunos. Professores e funcionários ganham uma mixaria. Enquanto isso...o orçamento do estado não para de crescer.
Enquanto isso, a universidade continua sucateada. E nós, alunos, vamos nos formando como se nada disso tivesse qualquer relevância.
O bate-papo com o aluno tocador de bumbo foi muito útil para despertar minha cabeça, e me fazer refletir um pouco sobre o assunto. Se a greve é justa ou não, depende do ponto de vista. Injusto é a universidade continuar com seus problemas “empurrados com a barriga”. Era questão de tempo ela estourar novamente, e tem muita lógica ela ocorrer justamente no ano de eleições, o momento mais propício para chamar atenção e despertar a curiosidade da opinião pública. E nós, alunos, deveríamos prestar um pouco mais de atenção nos motivos dessa greve. Não digo para apoiarmos, mas pelo menos nos propormos um pouco mais ao debate, para que possam ser formuladas opiniões mais embasadas.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Dane-se o torcedor.
Logo mais, entram em campo pela Copa Libertadores da América Fluminense e Boca Juniors. A partida, marcada para as 19h30, certamente trará transtornos para os responsáveis pela segurança do local. Com 45 mil torcedores esperados no Engenhão, e sendo o jogo num horário de trânsito intenso na cidade, muita gente vai chegar atrasada, causando tumulto nas roletas e nos arredores. Acidentes e brigas, infelizmente, devem entrar no roteiro do pré-jogo.
As coisas poderiam ser facilitadas se o horário da partida fosse mudado: por que não marcar o jogo para as 21h45, o já tradicional horário das partidas de quarta-feira?
É que nesse horário se enfrentam Corinthians x Vasco, e as emissoras de TV não querem perder a chance de transmitir as duas partidas. E ponto final.
Foda-se o conforto do torcedor que vai ao estádio.
As coisas poderiam ser facilitadas se o horário da partida fosse mudado: por que não marcar o jogo para as 21h45, o já tradicional horário das partidas de quarta-feira?
É que nesse horário se enfrentam Corinthians x Vasco, e as emissoras de TV não querem perder a chance de transmitir as duas partidas. E ponto final.
Foda-se o conforto do torcedor que vai ao estádio.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Colírios Freixo
Assisti ao Roda Viva de segunda-feira com o deputado estadual Marcelo Freixo. Após ser sabatinado pela bancada de repórteres, a maioria ávida (sem sucesso) por colocá-lo na parede, o pré-candidato pelo PSOL à prefeitura do Rio de Janeiro deixou uma certeza: vem para abalar positivamente a política carioca. Como explicitou durante o debate com os jornalistas, ele representa uma nova forma de fazer política: sem coligações interesseiras em troca de minutos na TV e financiamentos mal-explicados, mas baseada em convicções ideológicas, uma reputação incontestável e ares de mudança. Se vai dar certo, carioca, depende de você.
Talvez o maior adversário de Freixo seja a mencionada auto-estima recente do carioca. A euforia cega da população com o atual momento econômico e midiático do Rio de Janeiro – cidade Olímpica, sede da Copa e da Rio + 20 – faz Freixo soar como um mala-sem-alça mais preocupado em falar de desgraças. De fato, o segundo deputado mais votado no estado paga o preço por ser o único a “bater de frente” com a dobradinha peemedebista a frente do Rio de Janeiro, pois prefere ir na contramão da sociedade e questionar os escândalos de corrupção e superfaturamento, mazelas na saúde e na educação ao invés de valorizar o Projeto Olímpico e todas as “melhorias” em curso na cidade. Prefere observar que a construção da cidade está muito mais voltada para os empreiteiros e os turistas do que para a população. Pagamos a conta e enchemos o bolso dos empreiteiros para uma farra da qual não faremos parte.
Se a auto-estima e o orgulho do carioca têm crescido nos últimos anos em função de UPPs, projetos olímpicos e Copa do Mundo, ela deveria estar tão baixa quanto os salários dos professores, o nível dos colégios e hospitais, a qualidade do transporte público, a cobertura de saneamento básico em diversas moradias da cidade. Mas não, preferimos aplaudir o prefeito que vai trazer os gringos para cá, atraindo a atenção dos mais poderosos para cá. É chique sediar uma Olimpíada, cara! É chique sediar a final da Copa do Mundo, apesar de que só vou assistir pela TV... Mas ó, “tamo”ficando importante!
Estamos ficando importantes, chiques e “ricos”. Uma cidade rica para os empreiteiros e turistas, e “rica” para sua população. Não é preciso ser psicólogo para constatar que ao ser humano não precisa ter, basta parecer que tem. O modelo de sociedade midiatizado não busca uma população mais esclarecida, busca um povo cego, consumista e ambicioso por glamour. Da ignorância da população se aproveitam Cabral, Eduardo Paes e seus aliados; contra ela navega o isolado Marcelo Freixo.
Vencendo ou não esta eleição, sua candidatura talvez seja uma oportunidade única de se ampliar o debate político à população carioca, abrindo seus olhos e mudando este sentimento de falso glamour que só não enxerga quem não quer ou quem, infelizmente, já está com a visão comprometida demais. Vai um colírio aí?
Talvez o maior adversário de Freixo seja a mencionada auto-estima recente do carioca. A euforia cega da população com o atual momento econômico e midiático do Rio de Janeiro – cidade Olímpica, sede da Copa e da Rio + 20 – faz Freixo soar como um mala-sem-alça mais preocupado em falar de desgraças. De fato, o segundo deputado mais votado no estado paga o preço por ser o único a “bater de frente” com a dobradinha peemedebista a frente do Rio de Janeiro, pois prefere ir na contramão da sociedade e questionar os escândalos de corrupção e superfaturamento, mazelas na saúde e na educação ao invés de valorizar o Projeto Olímpico e todas as “melhorias” em curso na cidade. Prefere observar que a construção da cidade está muito mais voltada para os empreiteiros e os turistas do que para a população. Pagamos a conta e enchemos o bolso dos empreiteiros para uma farra da qual não faremos parte.
Se a auto-estima e o orgulho do carioca têm crescido nos últimos anos em função de UPPs, projetos olímpicos e Copa do Mundo, ela deveria estar tão baixa quanto os salários dos professores, o nível dos colégios e hospitais, a qualidade do transporte público, a cobertura de saneamento básico em diversas moradias da cidade. Mas não, preferimos aplaudir o prefeito que vai trazer os gringos para cá, atraindo a atenção dos mais poderosos para cá. É chique sediar uma Olimpíada, cara! É chique sediar a final da Copa do Mundo, apesar de que só vou assistir pela TV... Mas ó, “tamo”ficando importante!
Estamos ficando importantes, chiques e “ricos”. Uma cidade rica para os empreiteiros e turistas, e “rica” para sua população. Não é preciso ser psicólogo para constatar que ao ser humano não precisa ter, basta parecer que tem. O modelo de sociedade midiatizado não busca uma população mais esclarecida, busca um povo cego, consumista e ambicioso por glamour. Da ignorância da população se aproveitam Cabral, Eduardo Paes e seus aliados; contra ela navega o isolado Marcelo Freixo.
Vencendo ou não esta eleição, sua candidatura talvez seja uma oportunidade única de se ampliar o debate político à população carioca, abrindo seus olhos e mudando este sentimento de falso glamour que só não enxerga quem não quer ou quem, infelizmente, já está com a visão comprometida demais. Vai um colírio aí?
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Pelo bem do futebol
Neste final de semana o campeonato inglês será encerrado. Em jogo, uma "vaga" na segunda divisão, vagas na Liga Europa e na Liga dos Campeões e claro, o tão cobiçado caneco de melhor time da Inglaterra. Já escolhi para quem torcer frente à TV no domingo, a partir das 10h45: QPR, Newcastle e Manchester United. A justificativa para o título melodramático vem a seguir.
O Queens Park Ranges, recém-promovido à Premier League, ganhou minha torcida devido ao interesse pela rotatividade de clubes na primeira divisão. Com o Bolton Wanderes, seu único adversário na disputa contra o rebaixamento, há anos fazendo campanhas medíocres, seria interessante que os Super Hoops de Londres tivessem mais uma chance para preparar o elenco e fazer bonito. Mais vale uma aposta à certeza de mais um fiasco dos Wanderes em 2012/2013.
O Newcastle United também escolhi pela rotatividade de clubes, desta vez entre os representantes do futebol inglês nas competições europeias. Da mesma forma que torci para o Tottenham Hotspurs "roubar" a vaga do Liverpool na temporada passada, agora torço para os Magpies deixarem os Spurs de fora. Apesar de considerado pela crítica o melhor campeonato nacional do mundo, a Premier League vem pecando pela falta de competitividade das equipes de segundo escalão frente ao Top 4 (agora Top 5, com a ascenção do Manchester City, o brinquedinho do sheik Mansour Bin-Sayed). Ver o Newcastle entre os quatro primeiros classificados do futebol inglês inspiraria as outras equipes medianas, despertaria o adormecido Liverpool e fortaleceria os investimentos no próprio Newcastle, deixando o campeonato mais disputado. Howay the Lads!
E na luta pelo título, escolho o Manchester United por não querer ver mais uma máquina de lavar dineiro ganhando status de super-grande time. Sabe aquele garoto rico que vai brincar com os amiguinhos de corrida e aparece com o melhor carrinho de controle remoto, o que já o deixa com uma larga vantagem perante os demais? Já não bastava o Chelsea ao longo das últimas temporadas fazendo este papel (a despeito da queda de rendimento dos Blues, a era Abramovich é a mais vitoriosa da história do clube - graças ao Abramovich, é claro), agora vem o Manchester City fazer a mesma gracinha. Apesar de o United também ser um time comprado por um magnata, o norte-americano Malcom Glazer, seu poderio nos gramados já data de muito antes. Situação completamente diferente do Manchester City, uma equipe medíocre, sem quaisquer aspirações na Liga, até a chegada de Mansour Bin-Sayed. Espero que o futebol continue em primeiro lugar!
Além da torcida dentro de campo, torço ainda pelo funcionamento do "Fair Play financeiro" da UEFA. Vai ser interessante observar a "potência emergente" e as outras equipes de todo o continente, acostumadas a contratos exorbitantes e contas no vermelho, montar seus elencos sob a tutela de Michel Platini e sua trupe. Para tanto, o título do Manchester United tem ainda mais importância: não permitir que o raio caia duas vezes no mesmo lugar.
O Queens Park Ranges, recém-promovido à Premier League, ganhou minha torcida devido ao interesse pela rotatividade de clubes na primeira divisão. Com o Bolton Wanderes, seu único adversário na disputa contra o rebaixamento, há anos fazendo campanhas medíocres, seria interessante que os Super Hoops de Londres tivessem mais uma chance para preparar o elenco e fazer bonito. Mais vale uma aposta à certeza de mais um fiasco dos Wanderes em 2012/2013.
O Newcastle United também escolhi pela rotatividade de clubes, desta vez entre os representantes do futebol inglês nas competições europeias. Da mesma forma que torci para o Tottenham Hotspurs "roubar" a vaga do Liverpool na temporada passada, agora torço para os Magpies deixarem os Spurs de fora. Apesar de considerado pela crítica o melhor campeonato nacional do mundo, a Premier League vem pecando pela falta de competitividade das equipes de segundo escalão frente ao Top 4 (agora Top 5, com a ascenção do Manchester City, o brinquedinho do sheik Mansour Bin-Sayed). Ver o Newcastle entre os quatro primeiros classificados do futebol inglês inspiraria as outras equipes medianas, despertaria o adormecido Liverpool e fortaleceria os investimentos no próprio Newcastle, deixando o campeonato mais disputado. Howay the Lads!
E na luta pelo título, escolho o Manchester United por não querer ver mais uma máquina de lavar dineiro ganhando status de super-grande time. Sabe aquele garoto rico que vai brincar com os amiguinhos de corrida e aparece com o melhor carrinho de controle remoto, o que já o deixa com uma larga vantagem perante os demais? Já não bastava o Chelsea ao longo das últimas temporadas fazendo este papel (a despeito da queda de rendimento dos Blues, a era Abramovich é a mais vitoriosa da história do clube - graças ao Abramovich, é claro), agora vem o Manchester City fazer a mesma gracinha. Apesar de o United também ser um time comprado por um magnata, o norte-americano Malcom Glazer, seu poderio nos gramados já data de muito antes. Situação completamente diferente do Manchester City, uma equipe medíocre, sem quaisquer aspirações na Liga, até a chegada de Mansour Bin-Sayed. Espero que o futebol continue em primeiro lugar!
Além da torcida dentro de campo, torço ainda pelo funcionamento do "Fair Play financeiro" da UEFA. Vai ser interessante observar a "potência emergente" e as outras equipes de todo o continente, acostumadas a contratos exorbitantes e contas no vermelho, montar seus elencos sob a tutela de Michel Platini e sua trupe. Para tanto, o título do Manchester United tem ainda mais importância: não permitir que o raio caia duas vezes no mesmo lugar.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
O que a cracolândia e o Pinel poderiam ter em comum?
Na jornada da guerra contra o crack, o governo estadual e a prefeitura do Rio de Janeiro vão receber R$ 240 milhões dos cofres federais até 2014. É a adesão ao programa "Crack, é Possível Vencer". O dinheiro será investido em centros de reabilitação (os Centros de Atenção Psicossocial), na formação de mais profissionais de abordagem social (os quais vão "bater um papo" com os usuários e tentarem ajudar a polícia na remoção) e, claro, no reforço do policiamento nas cracolândias.
Nossa, que legal! São mais R$ 240 milhões de investimentos no combate às drogas. Que governo preocupado com o bem-estar de sua população.
Acontece que remover o usuário à força, como já se viu inúmeras vezes, e levar para esses centros de reabilitação (cujo funcionamento é altamente questionável) não funciona. Na primeira oportunidade, ele vai fugir. Se é difícil para drogados "de família" se recuperarem, mesmo contando com centros bem-estruturados e o apoio incondicional de seus familiares, imagine para um morador de rua, jogado à força num local estranho e pouco acolhedor.
Se ele não quer ficar lá, é porque o lugar é desagradável (acho que só o governo não entende isso). E não como se diz por ai, que "é vagabundo mesmo, só quer saber de fumar, não tem jeito".
Tem jeito, sim.
Mas, antes de se anunciar o pomposo investimento de R$ 240 milhões, deve-se pensar para onde vão esses milhões (além de alguns bolsos privilegiados, claro).
Ocupar aquelas mentes com algo útil e interessante É a solução. Aí, o sujeito vai se sentir bem no centro, e não vai mais querer sair. Ok, tem as recaídas, e tudo o mais. Mas podem ter certeza de que os resultados vão melhorar.
Outro ponto importante: criou-se a cultura de "combater" o uso das drogas. Tal qual numa guerra você mata pessoas, querem agora "matar" as drogas. Como disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha: "O enfrentamento ao crack necessita de uma ação enérgica e de repressão vigorosa pela Polícia Militar."
Brilhante, senhor ministro. Até agora, os resultados provam o contrário.
Por isso, deixo um exemplo de quebra de paradigma (#professorpasqualefeelings) para vocês refletirem: o projeto Papel Pinel, do Instituto Municipal Philippe Pinel, onde um bando de loucos fadados a vidas desgraçadas e onerar os cofres públicos criam bolsas, caderninhos e camisas com materiais reciclados. Dê uma olhada no site e tire suas conclusões.
Gostou, Cabral? Ou vai me dizer que os "cracudos" não têm capacidade para isso?
Nossa, que legal! São mais R$ 240 milhões de investimentos no combate às drogas. Que governo preocupado com o bem-estar de sua população.
Acontece que remover o usuário à força, como já se viu inúmeras vezes, e levar para esses centros de reabilitação (cujo funcionamento é altamente questionável) não funciona. Na primeira oportunidade, ele vai fugir. Se é difícil para drogados "de família" se recuperarem, mesmo contando com centros bem-estruturados e o apoio incondicional de seus familiares, imagine para um morador de rua, jogado à força num local estranho e pouco acolhedor.
Se ele não quer ficar lá, é porque o lugar é desagradável (acho que só o governo não entende isso). E não como se diz por ai, que "é vagabundo mesmo, só quer saber de fumar, não tem jeito".
Tem jeito, sim.
Mas, antes de se anunciar o pomposo investimento de R$ 240 milhões, deve-se pensar para onde vão esses milhões (além de alguns bolsos privilegiados, claro).
Ocupar aquelas mentes com algo útil e interessante É a solução. Aí, o sujeito vai se sentir bem no centro, e não vai mais querer sair. Ok, tem as recaídas, e tudo o mais. Mas podem ter certeza de que os resultados vão melhorar.
Outro ponto importante: criou-se a cultura de "combater" o uso das drogas. Tal qual numa guerra você mata pessoas, querem agora "matar" as drogas. Como disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha: "O enfrentamento ao crack necessita de uma ação enérgica e de repressão vigorosa pela Polícia Militar."
Brilhante, senhor ministro. Até agora, os resultados provam o contrário.
Por isso, deixo um exemplo de quebra de paradigma (#professorpasqualefeelings) para vocês refletirem: o projeto Papel Pinel, do Instituto Municipal Philippe Pinel, onde um bando de loucos fadados a vidas desgraçadas e onerar os cofres públicos criam bolsas, caderninhos e camisas com materiais reciclados. Dê uma olhada no site e tire suas conclusões.
Gostou, Cabral? Ou vai me dizer que os "cracudos" não têm capacidade para isso?
domingo, 1 de abril de 2012
Afinal, é Malvinas ou Falkland?
Trinta anos após a Guerra das Malvinas, a polêmica em torno da posse do arquipélago é grande. A favor da Inglaterra, o fato de a cultura na ilha ser predominantemente britânica. Os argentinos contra-atacam baseados na proximidade geográfica e na posse . Se há mais algum argumento de ambas as partes, sinceramente, não sei.
Nem preciso saber, pois tudo não passa de balela. O foco ali é o petróleo, e nada mais.
Cristina Kirchner quer defender a posse dos "recursos naturais". A Inglaterra quer o mesmo.
E a população das Malvinas/Falkland, o que quer? No mundo ideal, eles escolheriam seu destino e a questão se resolveria prontamente. Mas...para o "azar" deles, há reservas de petróleo no arquipélago. São reféns de sua própria riqueza.
Pelo que vi nesta matéria do Globo (assista aqui), os ilhéus são britânicos; logo, talvez fosse melhor esse arquipélago cair de vez nas mãos da rainha Elizabeth.
Nem preciso saber, pois tudo não passa de balela. O foco ali é o petróleo, e nada mais.
Cristina Kirchner quer defender a posse dos "recursos naturais". A Inglaterra quer o mesmo.
E a população das Malvinas/Falkland, o que quer? No mundo ideal, eles escolheriam seu destino e a questão se resolveria prontamente. Mas...para o "azar" deles, há reservas de petróleo no arquipélago. São reféns de sua própria riqueza.
Pelo que vi nesta matéria do Globo (assista aqui), os ilhéus são britânicos; logo, talvez fosse melhor esse arquipélago cair de vez nas mãos da rainha Elizabeth.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Dia da Água e Belo Monte
Na última quinta-feira, o mundo comemorou o Dia da Água. Motivos para comemorar, porém, são poucos. Há mais motivos, sim, para pormos todos a mão na consciência e revisarmos o uso desse bem tão precioso para a humanidade e a mãe-natureza.
Ok, chega de discurso eco-chato. Eu vou falar é de Belo Monte.
A polêmica usina hidrelétrica desperta a atenção de muitos e, ao mesmo tempo, de muito poucos. Sinceramente, não me lembro de ver vídeos de campanha com gente famosa batendo no desmatamento, no uso excessivo de carros e outras causa sustentáveis.
Me lembrei da época que o tal vídeo do Movimento Gota D'água, onde um grupo de artistas da Rede Globo pedia aos internautas para assinarem uma petição online contra a construção da famigerada hidreletrica. Confesso que,à época, não dei a mínima para este vídeo. Resolvi assistí-lo na quinta-feira:
Bonita iniciativa, péssima aplicação. Não se faz corrente de conscientização implorando para as pessoas clicarem num linkezinho. Informar e incentivar a pesquisa sobre o assunto, esse sim seria o procedimento correto.
Eis que, nos vídeos relacionados, descobri este aqui: uma garota revoltada com o tal movimento.
Até que ela falou bastante coisa certa. Mas pegou pesado em diversos pontos, como apelar para a velha bravata anti-Estados Unidos.
Assistindo os dois vídeos, deixo um conselho para você, internauta: pesquise sobre o assunto, e formule sua própria opinião.
Ok, chega de discurso eco-chato. Eu vou falar é de Belo Monte.
A polêmica usina hidrelétrica desperta a atenção de muitos e, ao mesmo tempo, de muito poucos. Sinceramente, não me lembro de ver vídeos de campanha com gente famosa batendo no desmatamento, no uso excessivo de carros e outras causa sustentáveis.
Me lembrei da época que o tal vídeo do Movimento Gota D'água, onde um grupo de artistas da Rede Globo pedia aos internautas para assinarem uma petição online contra a construção da famigerada hidreletrica. Confesso que,à época, não dei a mínima para este vídeo. Resolvi assistí-lo na quinta-feira:
Bonita iniciativa, péssima aplicação. Não se faz corrente de conscientização implorando para as pessoas clicarem num linkezinho. Informar e incentivar a pesquisa sobre o assunto, esse sim seria o procedimento correto.
Eis que, nos vídeos relacionados, descobri este aqui: uma garota revoltada com o tal movimento.
Até que ela falou bastante coisa certa. Mas pegou pesado em diversos pontos, como apelar para a velha bravata anti-Estados Unidos.
Assistindo os dois vídeos, deixo um conselho para você, internauta: pesquise sobre o assunto, e formule sua própria opinião.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Sou mais Ronaldo
E o Messi marcou 234 gols pelo Barcelona! Maior artilherios da história dos blaugrana"! Que maravilha! Messi é o maioral, é o cara, é um gênio!
Ok, mas não é o melhor jogador de futebol do mundo.
Tem um certo "gajo" do maior rival do Barça que é mais jogador que ele.
"
Não, não, não sou maluco. Se é para falarmos de futebol profissional, Cristiano Ronaldo é mais completo que Lionel Messi. Fato.
Acabo de assistir aos 234 gols de Messi. Que o cara é genial, isso aí é indiscutível. Por diversas vezes babei com seu controle de bola fora do normal, dribles curtos e a facilidade em encontrar espaços "inexistentes" para a maioria dos outros jogadores. Entre grandes arrancadas, muito oportunismo e precisão nas cobranças de pênalti, o baixinho quebrou a marca de César Rodríguez.
Messi é espetacular.
Cristiano Ronaldo, completo.
O português marca golaços de falta, chutes potentes de fora da área, aparece na área para cabecear. Se não é tão habilidoso quanto o argentino, sua explosão muscular permite arrancadas também fora do comum. Além disso, Cristiano já "conquistou" a Inglaterra, e só não fez o mesmo na Espanha porque o supertime do Barcelona ofusca o Real Madrid. Messi joga numa equipe espetacular. Ronaldo, num excelente time, mas para seu azar, é o maior rival dessa equipe espetacular.
Imagino se Ronaldo ainda estivesse na Inglaterra. Certamente as disputas pelo posto de melhor do mundo continuariam bastante acirradas.
Porque um dos principais critérios para a escolha de melhor jogador do mundo é o número de títulos na temporada. Francamente, esse não dá para engolir.
Por isso, gostaria de ver o Real Madrid campeão espanhol e da Champions esta temporada. Seria a vez de Ronaldo ofuscar Messi, levando a Bola de Ouro pela primeira vez desde que chegou à Espanha.
Até o tal César Rodríguez é tido como mais completo que o Messi. E quem disse foi um ex-jogador do Barça, que jogou junto com o cara: http://migre.me/8nNl8
Aí vão os 234 gols do Messi. Procurei algo semelhante do Ronaldo, mas só achei vídeos muito grandes. Fiquei com preguiça de assistí-los.
Ok, mas não é o melhor jogador de futebol do mundo.
Tem um certo "gajo" do maior rival do Barça que é mais jogador que ele.
"
Não, não, não sou maluco. Se é para falarmos de futebol profissional, Cristiano Ronaldo é mais completo que Lionel Messi. Fato.
Acabo de assistir aos 234 gols de Messi. Que o cara é genial, isso aí é indiscutível. Por diversas vezes babei com seu controle de bola fora do normal, dribles curtos e a facilidade em encontrar espaços "inexistentes" para a maioria dos outros jogadores. Entre grandes arrancadas, muito oportunismo e precisão nas cobranças de pênalti, o baixinho quebrou a marca de César Rodríguez.
Messi é espetacular.
Cristiano Ronaldo, completo.
O português marca golaços de falta, chutes potentes de fora da área, aparece na área para cabecear. Se não é tão habilidoso quanto o argentino, sua explosão muscular permite arrancadas também fora do comum. Além disso, Cristiano já "conquistou" a Inglaterra, e só não fez o mesmo na Espanha porque o supertime do Barcelona ofusca o Real Madrid. Messi joga numa equipe espetacular. Ronaldo, num excelente time, mas para seu azar, é o maior rival dessa equipe espetacular.
Imagino se Ronaldo ainda estivesse na Inglaterra. Certamente as disputas pelo posto de melhor do mundo continuariam bastante acirradas.
Porque um dos principais critérios para a escolha de melhor jogador do mundo é o número de títulos na temporada. Francamente, esse não dá para engolir.
Por isso, gostaria de ver o Real Madrid campeão espanhol e da Champions esta temporada. Seria a vez de Ronaldo ofuscar Messi, levando a Bola de Ouro pela primeira vez desde que chegou à Espanha.
Até o tal César Rodríguez é tido como mais completo que o Messi. E quem disse foi um ex-jogador do Barça, que jogou junto com o cara: http://migre.me/8nNl8
Aí vão os 234 gols do Messi. Procurei algo semelhante do Ronaldo, mas só achei vídeos muito grandes. Fiquei com preguiça de assistí-los.
quinta-feira, 15 de março de 2012
Direito de resposta na mídia = censura? Nada disso.
A Comissão e Constituição de Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira, o direito de resposta a pessoas e empresas que se sentirem ofendidas por veículos de comunicação. A solicitação do ofendido tem prazo de 60 dias, contados a partir da publicação da matéria.
COntudo, o espaço na publicação não deverá carregar os exatos argumentos do ofendido. A forma como será cedido o espaço para a resposta pode variar, mas o que importa é que os veículos terão de ser mais responsáveis em suas matérias jornalísticas e "jornalísticas". Principalmente nas editorias de política e celebridades, onde críticas a políticos são diárias e hipóteses a respeito da vida de famosos são publicadas como verdades absolutas.
O senador Pedro Taques (PDT-MT), relator do regulamento, não considera a medida um ataque à liberdade de imprensa: "A liberdade de imprensa deve ser ressaltada, cultuada por todos nós. Agora, liberdade rima com responsabilidade".
Espero não assistir uma bravata da grande mídia acusando os parlamentares de tentarem censurar a imprensa, apesar do bem colocado argumento do senador. Na verdade, torço para não ver, pois é pule de dez que muitos veículos não vão engolir a medida a seco. Afinal, não é mistério para ninguém que alguns deles vivem de fazer denuncismos Brasil a fora.
Se a medida pegar, os índices de desemprego na classe jornalística vão crescer um bocado.
Para ficar mais por dentro, vale dar uma olhadinha nesta matéria do jornal O Globo: http://migre.me/8ihdR
COntudo, o espaço na publicação não deverá carregar os exatos argumentos do ofendido. A forma como será cedido o espaço para a resposta pode variar, mas o que importa é que os veículos terão de ser mais responsáveis em suas matérias jornalísticas e "jornalísticas". Principalmente nas editorias de política e celebridades, onde críticas a políticos são diárias e hipóteses a respeito da vida de famosos são publicadas como verdades absolutas.
O senador Pedro Taques (PDT-MT), relator do regulamento, não considera a medida um ataque à liberdade de imprensa: "A liberdade de imprensa deve ser ressaltada, cultuada por todos nós. Agora, liberdade rima com responsabilidade".
Espero não assistir uma bravata da grande mídia acusando os parlamentares de tentarem censurar a imprensa, apesar do bem colocado argumento do senador. Na verdade, torço para não ver, pois é pule de dez que muitos veículos não vão engolir a medida a seco. Afinal, não é mistério para ninguém que alguns deles vivem de fazer denuncismos Brasil a fora.
Se a medida pegar, os índices de desemprego na classe jornalística vão crescer um bocado.
Para ficar mais por dentro, vale dar uma olhadinha nesta matéria do jornal O Globo: http://migre.me/8ihdR
sexta-feira, 9 de março de 2012
A barca está cara? Então, por que você não levanta daí e vai protestar?
Me encanta observar as pessoas reclamarem das coisas enquanto permanecem de braços cruzados.
De uns dois meses para cá, tenho sido passageiro assíduo das barcas no ramal Ilha do Governador-Praça XV. Confesso que, para quem encarava engarrafamento e calor no ônibus, as barcas são a 8ª maravilha do mundo. Não lotam nos horários de pico, não fazem calor, e são pontuais, permitindo que chegue aos meus destinos sem complicações. Em suma, as barcas, ao menos no ramal Cocotá - Praça XV, são uma alternativa muito, mas muito interessante.
Ok, o preço aumentou para R$ 4,50. Está um tanto abusivo, concordo. Só que o cidadão que comprar um bilhete único, ou pedi-lo ao RH da empresa onde trabalha, vai pagar R$ 3,10. E se você for pegar mais um transporte além da barca, paga a taxa de R$ 4,95. Ora essa, o que eu fiz? Aproveitei meu bilhete único para as barcas! Simples, né? Ao invés de ficar reclamando e nada fazer, me adaptei à situação. Ah, e antes que você reclame de filas para comprar seu bilhete: eles já anunciam esta opção há pelo menos um mês. Você já devia ter feito antes.
Mas eu não estou aqui para defender as Barcas S/A. Afinal, eles aumentaram a passagem para cobrir falhas de gestão (a empresa vem acumulando prejuízos há algum tempo), e não para melhorar o serviço. Sem contar que essa diferença entre a tarifa cheia e o bilhete único sai do bolso do governo estadual (logo, sai do bolso do trabalhador). Só relatei minha situação para justificar minha ausência dos protestos realizados semana retrasada e nos últimos dias. Se as barcas me atendem bem (repito, estou falando do ramal Ilha do Governador!) não me sinto obrigado a protestar. Eu, inclusive, apoio o movimento contra o aumento dos preços, assim como já apoiei outros protestos. Não participo diretamente porque tenho mais com o que me preocupar. Mas você, que está insatisfeito, deveria parar de reclamar e se movimentar para mudar a ordem das coisas.
Se agisse assim, os protestos não teriam tão baixas adesão e repercussão na grande mídia. Com um grande número de participantes, sem dúvida o destaque seria muito maior. O incômodo causado ao governador seria maior. A população mostraria sua força.
E você não precisaria pagar R$4,50.
De uns dois meses para cá, tenho sido passageiro assíduo das barcas no ramal Ilha do Governador-Praça XV. Confesso que, para quem encarava engarrafamento e calor no ônibus, as barcas são a 8ª maravilha do mundo. Não lotam nos horários de pico, não fazem calor, e são pontuais, permitindo que chegue aos meus destinos sem complicações. Em suma, as barcas, ao menos no ramal Cocotá - Praça XV, são uma alternativa muito, mas muito interessante.
Ok, o preço aumentou para R$ 4,50. Está um tanto abusivo, concordo. Só que o cidadão que comprar um bilhete único, ou pedi-lo ao RH da empresa onde trabalha, vai pagar R$ 3,10. E se você for pegar mais um transporte além da barca, paga a taxa de R$ 4,95. Ora essa, o que eu fiz? Aproveitei meu bilhete único para as barcas! Simples, né? Ao invés de ficar reclamando e nada fazer, me adaptei à situação. Ah, e antes que você reclame de filas para comprar seu bilhete: eles já anunciam esta opção há pelo menos um mês. Você já devia ter feito antes.
Mas eu não estou aqui para defender as Barcas S/A. Afinal, eles aumentaram a passagem para cobrir falhas de gestão (a empresa vem acumulando prejuízos há algum tempo), e não para melhorar o serviço. Sem contar que essa diferença entre a tarifa cheia e o bilhete único sai do bolso do governo estadual (logo, sai do bolso do trabalhador). Só relatei minha situação para justificar minha ausência dos protestos realizados semana retrasada e nos últimos dias. Se as barcas me atendem bem (repito, estou falando do ramal Ilha do Governador!) não me sinto obrigado a protestar. Eu, inclusive, apoio o movimento contra o aumento dos preços, assim como já apoiei outros protestos. Não participo diretamente porque tenho mais com o que me preocupar. Mas você, que está insatisfeito, deveria parar de reclamar e se movimentar para mudar a ordem das coisas.
Se agisse assim, os protestos não teriam tão baixas adesão e repercussão na grande mídia. Com um grande número de participantes, sem dúvida o destaque seria muito maior. O incômodo causado ao governador seria maior. A população mostraria sua força.
E você não precisaria pagar R$4,50.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Carnaval
De tudo o que mais me agradou no carnaval, sem dúvida foi a atmosfera que irradia pela cidade: um grande clima de confraternização, farra e zoação. O interessante é observar como as pessoas se transformam à nossa volta: todos são super sociais, amigáveis, dispostos a dançar, beber e conversar com um desconhecido. Basta observar o que é a Lapa no carnaval e nos outros dias do ano. Dificilmente você vai chegar em um bar qualquer, pedir para dividir uma mesa e conversar com as pessoas. com a mesma naturalidade do período carnavalesco. Passei por uma situação destas na quarta-feira de cinzas, assistindo ao jogo do Flamengo: cinco pessoas pediram para que eu e meu amigo os aceitassem na mesa. Resultado: saímos dali tal qual amigos de infância.
Sem contar os bloquinhos de rua: volta e meia parava numa rodinha de pessoas cantando "tchu tcha tcha tchu tchu tcha..." e automaticamente estava entrosadíssimo, conversando com todos e compartilhando cervejas.
Já na hora de seguir o bloco, um tumulto do ca-ce-te. Mas que se dane, é carnaval! Acabou este bloco, tem mais outro, e outro, e outro! Depois é só pegar um gelo com o ambulante e passar na cabeça (fiz muito isso), ou dar um mergulho no mar, ou sei lá o quê. É carnavaaalll!
Outro detalhe interessante deste climão de carnaval é você passar pela Av. Rio Branco e todo o centro da cidade vendo um monte de gente fantasiada, os prédios fechados, e nenhum carro na rua. Isso durante, pelo menos, uns bons cinco dias! Eu me sentia sem pressa nenhuma, sabendo que aonde quer que fosse, encontraria festa, festa e mais festa!
Sem contar os bloquinhos de rua: volta e meia parava numa rodinha de pessoas cantando "tchu tcha tcha tchu tchu tcha..." e automaticamente estava entrosadíssimo, conversando com todos e compartilhando cervejas.
Já na hora de seguir o bloco, um tumulto do ca-ce-te. Mas que se dane, é carnaval! Acabou este bloco, tem mais outro, e outro, e outro! Depois é só pegar um gelo com o ambulante e passar na cabeça (fiz muito isso), ou dar um mergulho no mar, ou sei lá o quê. É carnavaaalll!
Outro detalhe interessante deste climão de carnaval é você passar pela Av. Rio Branco e todo o centro da cidade vendo um monte de gente fantasiada, os prédios fechados, e nenhum carro na rua. Isso durante, pelo menos, uns bons cinco dias! Eu me sentia sem pressa nenhuma, sabendo que aonde quer que fosse, encontraria festa, festa e mais festa!
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