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domingo, 31 de julho de 2011

Eliminatórias europeias: grupos A e B

Grupo A:
- Croácia
- Sérvia
- Bélgica
- Escócia
- Macedônia
- País de Gales

A briga pela vaga se dará entre Sérvia e Croácia. Os croatas tem jogadores talentosos no elenco, como Petric, Kranjcar, Pranjic e Luka Modric. Em compensação a Sérvia conta com um time interessantíssimo, que fez grande campanha nas eliminatórias da última Copa mas foi eliminado na primeira fase.

A Bélgica vai precisar de muita sorte para beliscar o segundo lugar, que lhe daria o direito de jogar a repescagem.

A Escócia, se quiser alguma coisa, precisará arrumar talentos em seu país. A julgar pela atuação contra a seleção brasileira, não ameaça Sérvia e Croácia, e terá muitas dificuldades com a Bélgica. Gales e Macedônia serão os fiéis da balança

Grupo B:
- Itália
- Dinamarca
- República Tcheca
- Bulgária
- Armênia
- Malta

A Itália que abra bem o olho, e rápido. Dinamarca e República Tcheca são dois times fortíssimos, capazes de fazer frente a qualquer time do futebol europeu. Os italianos, ainda em fase de formação da equipe, terão dificuldades, como no amistoso perdido para Irlanda em junho. Diria que Dinamarca e Itália estão no mesmo nível, com a República Tcheca não muito abaixo. A Bulgária corre (muito) por fora, precisando vencer os dois jogos contra Armênia e Malta, ganhar em casa das outras três "potências" do grupo e roubar alguns pontinhos fora. Já será bem difícil ganhar as três em casa...

Armênia e Malta: brigam contra o posto de lanterninha do grupo.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Furacão não pode cair!

Lamento muito a triste situação do Atlético-PR. Um dos modelos de gestão mais profissionais do futebol brasileiro sofre com as ameaças do rebaixamento, após boa campanha no ano passado. Em 11 jogos, 1 vitória e dois empates, e a lanterninha da competição.

Logo o Furacão, dono de um CT invejável, assim como seu acolhedor estádio, sempre lotado pela fanática torcida. Torço muito para que o clube saia desta situação o quanto antes.

Caso caia, seu já despercebido modelo de gestão iria, definitivamente, para as sombras.

Flamengo x Santos

Imagino o que se passa na cabeça desses flamenguistas no ônibus rumo a Santos. Encarar sete horas de viagem, alta probabilidade de confrontos com a torcida rival, desconforto na viagem, tudo para ver o Flamengo jogar num palco onde está acostumadíssimo a perder, contra um time com o maior craque brasileiro no momento. Não basta a má recepção dos locais e da polícia, ainda correm o risco de ver o time esculachado por Neymar e companhia. Some-se a isso ter que trabalhar no dia seguinte sem dormir direito. Todo o esforço pode ser em vão. Pra encarar uma dessas, tem que ter muito culhão.

Mas não foi. O que deve passar por suas cabeças ao fim do jogo? Um sentimento de vitória que transcende os três pontos conquistados na casa do adversário. Sentem-se como parte integrante do time, como se também tivessem jogado. Não é qualquer torcedor que se desloca do Rio de Janeiro a Santos, de ônibus, para ver uma partida pela 12ª rodada do Brasileirão. Puro estase ao soar o fim da partida. Ao fim do campeonato, estes torcedores se recordarão do jogo como um dos momentos mágicos da exitosa campanha que se anuncia para o Mengão.

Esse foi até agora o melhor jogo do campeonato. E o será até o fim. Dificilmente alguma outra partida será tão disputada e carregada de emoção como a de ontem à noite. O Flamengo jogou com categoria e mentalidade de campeão, pois só os grandes vencedores levam três gols em 25 minutos e conseguem a virada. Seja no estádio ou em frente à TV, milhões de rubro-negros tiveram ontem um dia de festa.

Quem compareçam os torcedores. Que venha o Grêmio. Que venha o hepta.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Cadê o Hernanes?

Ao ler a lista de convocados por Mano Menezes, me pergunto sobre a ausência de Hernanes. O que será que o rapaz fez para não ser mais convocado por Mano? Seria o infeliz cartão vermelho no duelo contra a França?


O futebol que este cara joga é superior ao de qualquer peça do meio-campo verde-amarelo desta convocação, exceto o Ganso. Foi um jogador fundamental para o Lazio conquistar o 5º lugar no Campeonato Italiano, consequentemente uma vaga na Liga Europa (antiga Copa da UEFA). Foi o craque e artilheiro do time, marcando 11 gols. Não é pouco para sua primeira temporada na Itália.

Hernanes se encaixa em qualquer vaga do meio-campo, até mesmo no lugar do Ganso, caso este precise ser substituido. Faz muito bem a armação, a marcação, cobrança de falta, escanteio, chute de fora da área, infiltração na área...o cara faz tudo! Só o Mano não vê. Aliás, faz de conta que não vê.

Não existe a menor lógica o cara deixar Hernanes de fora e levar Paulinho e Luis Gustavo. Se eles merecem uma chance, Hernanes merece muitas mais. E não é de hoje.

Qual será, então, o critério do Mano? Baseia-se ele apenas em desempenhos dentro de campo ou suas convocações têm outras influências?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ah, se demitirem...


Esse mal não é exclusivo do Brasil. Na Argentina, após a eliminação da seleção local na Copa América, especula-se na imprensa a demissão do técnico Sergio Batista. Pior do que a campanha na competição foi o futebol apresentado pelos argentinos. Pesou contra Batista o fato de a Argentina ser o país-sede, e a atmosfera no país em torno desta competição estar carregada pela expectativa de se quebrar o jejum de títulos em casa. A última conquista oficial dos hermanos foi em 1993, na Copa América do Equador.

Mais uma vez, a Argentina montou um grupo repleto de bons jogadores (Aguero, Tevez, Higuain, Pastore, Lavezzi, Mascherano, Zanetti, Cambiasso, e principalmente Messi, todos consagrados em seus clubes) que não se traduz em um bom time. Mesmo com tantos craques, a equipe não fez bons jogos contra Bolívia e Colômbia, só engrenando contra o sub-22 da Costa Rica, que não serve de parâmetro dada sua fragilidade. Contra o Uruguai os hermanos também tiveram boa atuação, mas esbarraram na brilhante atuação do goleiro Muslera.

Vale ressaltar que é difícil hoje em dia, para qualquer técnico de seleção nacional, montar um time com poucos períodos para treinos e jogos. A Argentina está em um período de transição, pois junto com a mundança de técnico veio a troca de vários jogadores da Era Maradona. Para se ter uma ideia, dos 23 convocados para a Copa América, 11 não estiveram na África do Sul. Quanto ao time titular, o único jogador de defesa mantido foi o goleiro Romero. Desesa esta, inclusive, muito criticada pela imprensa, principalmente no jogo aéreo. Não fossem as boas atuações de Romero e o desastre seria pior.

Pode-se dizer que faltou sorte para os argentinos. Que sentiram a pressão de jogar em casa, lhes faltou raça (principalmente Messi...). Tudo isso pode ter ajudado na derrota, contudo o mais racional seria dizer que a albiceleste sentiu a falta de entrosamento por ser um time ainda em formação. E isso não é culpa exclusivamente de Batista, mas como já nos acostumamos a ver por aqui, ele que vai pagar o pato.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Copa América está mais para Copa do Safári

Menos mal que o Uruguai eliminou essa horrorosa seleção peruana. Já bastam as eliminações de Colômbia, Brasil e Chile, equipes que integrariam com a celeste uma semifinal bem mais digna da principal competição do continente. O jogo de hoje à noite foi bom, mas creio que fosse a Colômbia o adversário dos charrúas veríamos uma partida tecnicamente bem superior.

E o que dizer de Brasil x Chile? Se por um lado temos (tínhamos...)Neymar, Pato, Ganso, Fred e companhia, La Roja contava com jogadores respeitáveis, como Matías Fernández, Humberto Suazo e Alexis Sánchez, que causou furor no inicio do tornei com especulações quanto a sua ida para o Barcelona. Mas os deuses do futebol não foram generosos com seus súditos mais talentosos, e os amantes da pelota ficaram com um insosso Venezuela x Paraguai...

É sempre muito legal ver uma zebra chegar longe, pois dá mais charme para a competição. UMA, não três! Temos agora uma semifinal de Copa América esvaziada tecnicamente, como se os deuses do futebol estivessem com raiva da América do Sul. Agora que a coisa já está estragada, então lhes peço: por favor, coloquem a Venezuela na final. Se é para ter zebra, que seja um zebrão!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Palpites para as quartas-de-final

Colômbia x Peru

Até que a seleção peruana demonstrou alguma resistência nesta primeira fase, jogando duro contra os favoritos Uruguai e Chile e ganhando do saco de pancadas México sub-22. Mas o time da Colômbia é bem melhor, deve dominar o jogo e sair de campo com uma vitória magra, pois perderá muitas chances de gol.

Argentina x Uruguai

Como já escrevi aqui no blog, será o melhor jogo desta Copa América. As duas equipes vão começar se respeitando muito, então veremos poucas chances de gol no inicio do jogo. Muita pancadaria também deve rolar nos gramados do Cementerio de Elefantes, em Santa Fé. Impossível precisar quem sai com a vaga, e nem apelando para meu lado torcedor consigo dar um pitaco. Claro, é sempre mais divertido ver a Argentina ser eliminada precocemente, contudo seria muito mais legal ganhar o inédito tricampeonato da Copa América em cima deles e NA CASA deles. Portanto, não sei para quem torcer no sábado. Vou chutar Argentina.

Seja qual for o resultado, fará jus ao apelido do estádio.

Brasil x Paraguai

Que não se iludam com o resultado de ontem, contra o Equador. Apesar de o time finalmente mostrar um futebol condizente com a camisa da seleção brasileira, este jogo contra o Paraguai será mais duro que o de sábado passado. Apesar de levar três gols da Venezuela, este time do Paraguai é o mais acertado taticamente dentre todas as equipes da Copa América, sentimos isso na pele nesta primeira fase. Mas, com a goleada de ontem à noite, chegaremos fortes no domingo, com Neymar jogando de verdade, Pato mais confiante, o Ganso vai devorar a bola (!) e Julio Cesar...terá uma grande atuação!

Não tem como analisar friamente o Brasil. Desculpem-me.

Chile x Venezuela
A retranca Vinotinto não será páreo para Alexis Sánchez, Matías Fernández, Valdívia, Suazo e companhia. O time do Chile, tecnicamente, é melhor até que o badalado Uruguai. A sorte dos venezuelanos no jogo de ontem não se repetirá domingo, e La roja ganha sem muitos problemas. Seria maneiríssimo a classificação da Venezuela para as semi-finais, mas...dá Chile.

Portanto:

Colômbia x Argentina
Brasil x Chile

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Uruguai x Argentina

Não fiquei contente com o cruzamento de Argentina e Uruguai logo nas quartas-de-final. O clássico mais antigo das Américas merecia a honra de uma semi-final ou decisão. De qualquer forma, será um jogaço brigado e corrido, bem ao estilo de albiceleste versus charrúas.

Argentinos e uruguaios eram favoritos para terminarem com o primeiro lugar em seus grupos. Não conseguiram graças aos surpreendentes empates na estreia com Bolíva e Peru, respectivamente. Os empates com Colômbia e Chile não podem ser considerados tropeços, pois os chilenos já mostraram ter um time muito bom, e os colombianos, se ficaram de fora da última Copa do Mundo, são sempre perigosos e não venderam fácil as derrotas nas eliminatórias.


É a hora também de os principais destaques individuais brilharem. Antes do inicio do certame, a expectativa era enorme com o futebol de Carlitos Tevez e Lionel Messi, os dois principais jogadores, tendo a chance de arrebentarem com a camisa alviceleste e encerrarem o jejum de 18 anos sem títulos oficiais. Se Messi ao menos teve atuação de gala contra a frágil Costa Rica, Tevez foi parar no banco de reserva após duas atuações bem discretas. Pelo lado do Uruguai, a dupla Luis Suárez - Diego Forlán
causava alvoroço, principalmente Forlán, que desembarcara na República Argentina com o status de Bola de Ouro do mundial do ano passado. Embora Suárez tenha feito boas aparições - sem muito brilho, entretanto - um apagadíssimo Forlán é quem tem carrregado a camisa 10 dos charrúas até o momento, em nada lembrado o craque que se consagrara nos gramados sul-africanos.

Entretanto, os destaques do confronto não se limitam aos craques acima citados. O goleiro argentino Sergio Romero teve momentos de brilho nesta Copa América, com defesas importantes que garantiram os empates contra Bolívia e Colômbia. Contra os colombianos, inclusive, saiu de campo eleito o melhor jogador da partida. Além de Romero, outro jogador pouco badalado que ganhou destaque dentro de campo é Sergio Aguero, atacante do Atlético de Madrid. Reserva nos dois primeiros jogos, saiu do banco para empatar o jogo contra a Bolívia e marcou dois gols contra a Costa Rica, já jogando como titular. É o artilheiro do torneio.

Como se vê, não faltam atrativos para o clássico a serem somados ao componente rivalidade. "É ganhar ou morrer", setencia o técnico uruguaio Óscar Tabárez. Sábado, em Santa Fé, às 19h15, vocês verão o melhor jogo desta Copa América. Incluindo as fases por vir.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Recadinho para o Neymar!

Na coletiva de imprensa o capitão Lúcio cobrou mais interesse coletivo dentro da seleção brasileira nesta Copa América. Frases como "Ninguém vem aqui para brincar" e "Símbolo na frente é mais importante que o nome atrás" deram o tom de sua entrevista. O recado parece bem adequado a um certo camisa 11 do Brasil: Neymar.

É craque, joga muito, resolve num lance etc. Mas até agora o que se viu foi um Neymar mais interessado em marcar golaços a contribuir para a vitoria do time. Talvez deslumbrado com toda a mídia recebida nos últimos anos, principalmente nos últimos meses, é notória sua vontade de fazer lances geniais a cada bola que recebe, quando jogadas mais simples e produtivas poderiam ser realizadas. Isso tudo é o que? Vontade de aparecer para os empresários estrangeiros? Onde foi parar o interesse dele em ganhar a Copa América?

Verdade que o time inteiro não vai lá muito bem, mas Neymar tem que ser cobrado. Ele é craque, mas precisa ser craque para o time, e não para sua satisfação pessoal.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O drama dos hermanos

A seleção argentina que disputa esta Copa América sofre do mesmo problema dos esquadroes anteriores da albiceleste: ótimos jogadores que não conseguem se agrupar como bom time, além de não suportarem a pressão dos momentos decisivos. O problema, portanto, não é de hoje.


O time que jogou a última Copa não tinha padrão tático e sofria demais na defesa. Prova disso foi a classificação sofrida para o Mundial, sob o comando do aventureiro Maradona, substituto de Alfio Basile. Este, sim, era um treinador experimentado e credenciado a conduzir os hermanos rumo a grande participação na África do Sul, mas infelizmente não deu certo.

Quando se anunciou sua demissão, a possibilidade de Maradona comandar a Argentina gerava polêmica: sem dúvida seria um fator motivacional para os jogadores serem comandados pelo maior ídolo da história de seu futebol. Mas a falta de experiência de Dieguito como técnico, num momento difícil da Argentina nas eliminatórias, poderia causar problemas. Faltavam oito jogos para a decisão dos classificados, e uma Argentina sem padrão de jogo e com campanha claudicante teria jogos dificeis pela frente, contra Equador, Bolívia (times fracos, mas com a altitude a seu favor) e Paraguai fora de casa, além da visita sempre incômoda do Brasil. Maradona era uma escolha arriscada, mas acabou dando certo e apesar de ter perdido justamente os quatro confrontos citados, o time abocanhou a última vaga direta com uma sofrida vitória contra o Uruguai.

Veio o Mundial, e os problemas na defesa se fizeram evidentes durante a primeira fase da competição, mesmo contra as fracas Nigéria, Coréia do Sul e Grécia. Contra o México, o ataque tratou de pulverizar os Aztecas, dando algum alívio para os defensores. Mas a atuação contra a Alemanha, que deu fim ao sonho argentino de ganhar a Copa após 24 anos, registrou definitivamente o mal desempenho do sistema defensivo. Com Otamendi, De Michellis, Gutiérrez e Heinze entre os titulares, o descarte de Zanetti e Cambiasso era inexplicável...

Vale relembrar, ainda, que o atual técnico Sergio Batista, o principal concorrente de Dieguito para o lugar de Coco Basile, estava prestigiado com o título olímpico de Pequim, e uma atitude mais racional o colocaria no comando da albiceleste. Após o belo trabalho com o time olímpico, Batista teria a maior oportunidade de sua carreira, um prêmio justo para quem já demonstrara talento no comando técnico da camisa argentina. Mas Grondona, o presidente da AFA, preferiu quem demonstrara um talento sobrenatural com a mesma camisa, só que dentro de campo.

A Argentina voltou para casa, recebida com muita festa (apesar da eliminação!!) e fortes apelos da torcida para Diego Maradona continuar no cargo. Mais uma vez cabia a decisão a Grondona: manter sua tão querida aposta ou lançar um treinador de verdade. Toda a população argentina dotada de senso critico apoiara a segunda opção, e assim se fez: o presida resolveu dar uma chance a Sergio Batista. Desde então foram 13 jogos amistosos comandando a principal, com 8 vitórias, 3 empates e duas derrotas. Entretanto, foram muitos jogadores utilizados, várias formações diferentes, ou seja, a Argentina segue sem a definição e entrosamento necessários para deslanchar nos gramados. Batista pecou nesse excesso de testes, e a essas horas deve estar se arrependendo disto.

Prova disto são as atuações na Copa América, na qual é a anfitriã. Dois empates frustrantes contra Bolívia e Colômbia, sendo este ultimo jogo um empate com sabor de vitoria, dada a supremacia do adversario durante a partida. Vaias, vaias e mais vaias para Batista, que se vê diante de um jogo decisivo contra a Costa Rica (sub-22, nunca é demais lembrar) com um time de muitíssima qualidade individual, mas muito nervoso. Se mantiverem a calma e não deixarem a pressão das arquibancadas infestar o gramado, saem de campo com uma vitoria expressiva, o pontapé para a disputa do título. A goleada trará a confiança necessária para que os hermanos joguem seu melhor futebol e avancem para a final. Quebrar o jejum de títulos oficiais dentro de casa seria o apogeu para Batista, Messi, Tevez e companhia.

Cá entre nós: eles não vão deixar passar esta oportunidade.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A baixa aprovação na OAB

O grande número de reprovados no exame da OAB é mais um reflexo do baixíssimo nível da maioria das instituições de ensino superior no Brasil. Aliás, instituições que se julgam de ensino superior, pois muitas delas não passam de fábricas de dinheiro, sem possuírem quaisquer interesses com a real formação de seus alunos.

Ophir Cavalcante, presidente da OAB, está correto em pedir a observação dos 81 cursos que não aprovaram nenhum de seus alunos no exame. Digo-lhe que solicite também a observação dos que aprovaram pouco também, para o benefício dos próprios alunos matriculados, pois se fazem a faculdade merecem um curso de maior qualidade. Fiscalização esta cuja rigorosidade já deveria ser maior no ato da abertura dos cursos. São 1.120 registrados em todo o Brasil, número um tanto inchado.

A melhora do sistema educacional é uma prioridade no Brasil, porém não pensam da mesma forma governadores e prefeitos país afora. Sim, porque o governo federal repassa verbas, mas a administração dos colégios é de competência estadual e municipal. Muitos desses governos desviam grana, ou então sucateiam as unidades em funcionamento, como exemplo os Brizolões aqui do Rio de Janeiro, belo projeto idealizado por Leonel Brizola que, infelizmente, não vingou por falta de interesse dos governos subsequentes.

Com um ensino básico de má qualidade, os cursos públicos de direito ficam restritos aos estudantes dos melhores colégios (que são os federais ou particulares), em sua maioria integrantes das classes mais abastadas financeiramente. São os que têm pais com condições de bancar colégios caros ou cursinhos para aprovação em colégios federais, panorama repetido nos cursos pré-vestibular com maior taxa de aprovação. OU seja, quem é de baixa renda tem três opções: entra numa faculdade particular mais acessível intelectual e financeiramente; se mata de estudar para superar a defasagem de anos em colégios ruins; ou não faz a faculdade. Para aqueles que escolhem a primeira opção, ressalto que muitos além de estudar ainda trabalham duro para poderem pagar a faculdade, em muitos casos mais interessada em arrecadar com os novos alunos a dar uma formação realmente decente.

Portanto, não bastará o MEC colocar em supervisão estes cursos de mal aproveitamento no exame da OAB. Há a urgência de melhorias no sistema educacional brasileiro. A ação deve ser combinada: não deixa abrirem mais cursos, fiscaliza os já em andamento para que realizem melhorias, e cobra mais comprometimento de governadores, prefeitos e secretários Brasil afora, para resolverem de uma vez por todas esse problemão.

Uruguai 1 - 1 Peru

Abrindo o Grupo C da Copa América, Uruguai e Peru se enfrentaram agora há pouco, no Estádio Bicentenário da cidade de San Juan. O empate em 1 a 1 refletiu a fraca atuação do favoritíssimo time celeste, frente a um Peru desfalcado de Pizarro e Farfán, os únicos capazes de assustar algum adversário.

Quem esperava uma goleada uruguaia se surpreendeu com o gol de Paolo Guerrero. Após bobeada dos zagueiros Lugano e Victorino, ele arrancou do meio-de-campo para receber lançamento do campo de defesa e com categoria driblou o goleiro Muslera para abrir o placar. O Uruguai se movia para o campo de ataque na base de chutões ou tabelas na entrada da área, no entanto seu lance de mais perigo foi uma cobrança de falta de Diego Forlán parada com bela defesa de Raúl Fernandez. Até que uma das tabelas funcionou, e Luis Suárez empatou o jogo, na última jogada do primeiro tempo.

A segunda etapa começou tão morna quanto fora a primeira, no entanto os uruguaios pareciam se assanhar um pouco mais. Mas com um apagado Lodeiro responsável pela armação e um péssimo Cavani (longe daquele vice-artilheiro do Campeonato Italiano) restava à Celeste confiar em Suárez e Forlán. Quase deram motivos para esta confiança aos 23 minutos, quando tabelaram na entrada da área mas Forlán, incrivelmente, chutou para fora. As entradas de Cristian ROdriguez e Abel Hernandez não surtiram efeito, e o clima de frustração imperou nas arquibancadas celestes ao soar do apito final.

O resultado foi muito bom para a seleção peruana, que na próxima rodada encara o México, disputando o torneio com um time sub-22. O Uruguai, por sua vez, tem jogo duro contra o Chile.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Rumo ao título!


Só hoje pude sentar com tempo de escrever sobre a vitória do Flamengo neste meio de semana.

Ronaldinho parece estar se tocando de suas responsabilidades para com o Flamengo. A julgar pela entrevista no fim da partida - "tenho consciência de minhas responsabilidades no Flamengo" -, ele está 100% cônscio, e suas atuações de domingo e quarta-feira não o deixam mentir. Na goleada sobre o Atlético-MG, distribuiu dribles, armou jogadas e marcou um golaço. Quarta à noite marcou belo gol de falta e o tento da vitória, demostrando frieza e categoria para deslocar o goleiro Flávio. Além disso, exibiu sua classe com passes de primeira, no manejo da bola e construção do jogo. Se jogar sempre assim, o Flamengo é candidato ao título.

Mas não foi só o Ronaldinho quem jogou bem contra os americanos. Toda a equipe esteve bem nos noventa minutos, exceto nos quinze finais do primeiro tempo, quando tomou dois gols bobos. O time do América, desde o início, se mostrou muito fraco para infligir a segunda derrota do rubro-negro na temporada. A entrada de Júnior César no time titular dá mais opções ao ataque, o jovem Luiz Antônio cumpriu bem seu papel no meio-campo ao lado de Renato e Willians. O mais interessante, porém, foi a escalação de Ronaldo Angelim. Tem mais futebol que David e Wellinton, no entanto é reserva dos dois. Só acho que o barrado deveria ser o Wellinton, não o David Braz.

Vale destacar também o gol do Deivid. Seu terceiro gol em dois jogos sinaliza a recuperação de seu futebol, essencial para o Fla disputar o título. Precisamos que alguém espante definitivamente esta "síndrome do camisa 9", a assolar o clube nos últimos anos. Até quando tivemos o artilheiro do Brasileirão, em 2009, fora um camisa 10: Adriano.

Se Ronaldinho quiser jogar, será o melhor do campeonato e o Flamengo, um dos candidatos ao título. Ainda podemos emplacar o Deivid na artilharia. Ronaldinho jogando bem, Deivid marcando gols, Junior César na lateral-esquerda (finalmente um jogador de verdade para a posição), Angelim voltando ao time...E ainda tem a chegada do Aírton, que jogou muito no título de 2009 e forma ao lado de Willians uma dupla imbatível no meio-campo.

O time está ficando redondo, com cara de campeão.