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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Falta cuca emocional para o Cuca genial

Cada dia, mês, ano que passa, tenho mais consciência da importância que o controle emocional tem na vida de qualquer ser humano. É uma competência mais necessária e decisiva que o intelecto, sem dúvida alguma. Inúmeras pesquisas da década de noventa em diante tem afirmado que pessoas com mais capacidade de gerir as próprias emoções, a Inteligência Emocional, são mais bem sucedidas que colegas de escola e faculdade com notas mais altas. Afinal, de que adianta um gênio irresponsável que não consegue por em prática, com um mínimo de organização, todos os seus conhecimentos?

Esse foi o Clube Atlético Mineiro no jogo de hoje. Muito superior tecnicamente ao seu adversário, o Olimpia, o time treinado por Cuca não jogou nada próximo do seu brilhante desempenho em outros jogos. Diante do muito melhor organizado e mais concentrado oponente, deu mostras de fragilidade perante momentos decisivos. Como no jogo fora de casa pelas semi-finais, contra o Newells Old Boys, o Galo foi presa fácil para as raposas.

A explicação para esses lapsos de "pequenês" pode ser a falta de controle emocional da equipe como um todo. Estaria a fama de pé-frio de Cuca contaminando a equipe? Seria realmente azarado o treinador ou este não sabe trabalhar o psicológico de seus jogadores da mesma forma que trabalha suas competências técnicas, habilidade já demonstrada em diversas outras equipes onde trabalhou? Ao meu ver, essa é a hipótese mais provável e certamente a qualidade que separa um técnico extremamente competente do hall dos vencedores, do grupo dos grandes campeões.

Cuca me lembra muito Matt Damon em "O Gênio Indomável", quando o ator interpreta um jovem com memória fotográfica e raciocínio extremamente rápido, a ponto de discorrer sobre livros recém-lidos com a facilidade de especialistas e resolver cálculos com a facilidade de quem quebra um palito de dentes. Com a facilidade que joga futebol esta equipe do Atlético, que se iguala a Damon também no descontrole emocional: enquanto o time sofre um apagão nos momentos decisivos, o jovem genial sofre crises de personalidade, tendo dificuldades para entender a si mesmo e escolher uma das diversas possibilidades profissionais que a vida lhe oferece. Uma mente brilhante limitada a serviços de faxina quando poderia integrar o mais alto escalão da Nasa. Estaria também o Atlético com seu futuro comprometido apesar de toda a qualidade técnica demonstrada desde o ano passado no futebol brasileiro e continental?

Portanto, não é um problema de "pé-frio" ou "amarelada", e sim a falta de atenção para o trabalho do controle emocional de seu treinador e jogadores. Para se desenvolver a Inteligência Emocional, no entanto, não existe uma fórmula específica. Cada pessoa tem mais ou menos força emocional para lidar com vitorias e derrotas, sofrimentos e alegrias, de acordo com sua trajetória de vida. Detectar as fraquezas emocionais não é uma tarefa fácil para qualquer pessoa, e muitas vezes se necessita um psicólogo para dar o suporte necessário. Teriam os clubes de futebol a devida atenção com algo tao importante? Teriam, ainda, a consciência da importância disso ou consideram pura e simplesmente balela de intelectuais? Num País onde só vencer, e do jeito mais fácil possível, é o que importa, tachar o perdedor de fracassado é comum, algo natural. O brasileiro prefere acreditar em "dom", "propensão natural" e "ajudas sobrenaturais" do que enxergar as reais necessidades de trabalho e alterar a realidade em que se encontra. No futebol isso fica ainda mais claro.

A título de exercício, observe as características comuns nos grandes campeões e procure-as no Cuca. Perceberá que, infelizmente, faltam várias para nosso nobre treinador e que podem mais uma vez serem decisivas para o revés desse treinador brilhante nos gramados.

sábado, 15 de junho de 2013

Um pouco de inocência faria bem ao torcedor da seleção

A despeito do duradouro desinteresse pela seleção brasileira, resolvi assistir a este jogo contra o Japão imbuído do espírito característico do torcedor inocente: confiança, alegria e a crença de que o Brasil tem, sim, o maior e melhor time de futebol do planeta.

Entenda torcedor inocente aquele que não acompanha diariamente o universo futebolístico, portanto desconhece (ou conhece muito pouco, quase nada) os escândalos de corrupção na FIFA e na CBF, as especulações em torno das convocações de jogadores influenciadas por empresários, as obras absurdas e faraônicas nos estádios da Copa do Mundo, além da maior realização de amistosos do Brasil fora do país, distanciando ainda mais a seleção do povo. Sem contar o futebol desinteressante praticado pelo escrete canarinho há um bom tempo, desde o comando de Mano Menezes.

O torcedor inocente, portanto, se coloca de fora da rotina da seleção brasileira, só aparecendo nos dias de jogos e principalmente na Copa do Mundo, quando veste a camisa, pinta o rosto, sacode a bandeira mas não consegue citar cinco jogadores do time titular. É uma paixão quase infantil, bonita, realmente inocente. Pois bem, já venho tentando deixar os problemas de lado e incorporar esse espírito desde a contratação de Felipão, mas ele só pode aparecer timidamente no amistoso contra a França, pois foi o único que consegui assistir inteiro desde o retorno do comandante do penta.

Quando o gaúcho Luiz Felipe Scolari foi contratado, li e ouvi muitas críticas a respeito de seu recente trabalho no Palmeiras e que ele ia na contramão da proposta de "renovação" tão falada pelo comando da CBF. Mas deixei os críticos de lado e resolvi acreditar que Felipão seria como um super-herói, destinado a reconduzir uma combalida seleção brasileira ao status de maior e melhor time de futebol do planeta, tal qual em 2002.

Pois bem, vieram os amistosos, críticas e mais críticas, até que jogamos muito bem contra a França e a confiança no time voltou, mesmo que discretamente. Enquanto muitos preferiam dizer que a França já não era mais o grande time de outrora, ou que apesar do placar de 3 a 0 apresentamos muitas falhas, segui o senso comum de que uma goleada é uma goleada, e que vamos com tudo para a Copa das Confederações, pois quando o jogo vale de verdade, nossa camisa vira uma armadura do Homem de Ferro, nossos jogadores ganham a força do Hulk e ninguém é capaz de superar a gente. Há muito tempo não torcia assim pela Seleção, e a sensação é deliciosa.

Tão deliciosa quanto gritar "golaço" depois do chute de Neymar acertar o ângulo de Kawashima. Brasil 1 a 0, e vamos para cima, que o jogo é de campeonato e o Japão não é páreo para a gente! O placar de 3 a 0 ao fim do jogo reflete nossa superioridade, cala a boa de críticos e aumenta o interesse do povo para a próxima partida, contra o México.

Ah, o México, um adversário muito mais difícil, que ganhou da gente nos últimos jogos, ganhou o sonhado ouro olímpico da gente em Londres...não vai ser fácil.

Bobagem! Nós somos o Brasil, e vamos com tudo para cima de todos os adversários, pois somos o único país pentacampeão mundial!

Nunca foi tão bom deixar a razão de lado e se fazer um pouquinho de ignorante, inocente.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Porque a população é descrente com a política

O lado bom da política tem pouco espaço na mídia, e consequentemente, nos debates da população. Não à toa, o número de ausentes e votos nulos ou brancos foi tão grande nas eleições País afora. Aqui no Município do Rio de Janeiro a abstenção foi de 20%. Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, foi de 17%. Some-se a essa elevada abstenção um percentual significativo de votos nulos ou brancos, que fazem o prefeito reeleito Eduardo Paes ter uma aprovação de “apenas” 44,4% em relação a TODO o eleitorado carioca. Seus 2.097.733 votos equivalem a 64% dos votos válidos, mas não quer dizer que mais da metade da população carioca esteja satisfeita com sua gestão.

Esses números evidenciam uma triste realidade: aquele cidadão que não se preocupa com as questões políticas e bate no peito, orgulhoso, para se ausentar de responsabilidades pela gestão da cidade, só ajuda a perpetuar no poder o principal responsável pelas suas insatisfações: o prefeito. Delega a outros a decisão sobre quem vai assinar a gestão da saúde, educação, transportes, políticas habitacionais e todos os outros projetos de infraestrutura da cidade.

Essa postura covarde de uma grande parcela do eleitorado carioca e nacional reflete uma grave desilusão do brasileiro com a política. A participação na vida política está associada, infelizmente, à corrupção, como se todos os políticos brasileiros fossem ruins. Por isso, poucas pessoas procuram saber das atribuições desses legítimos representantes do povo, de seus trabalhos em comissões parlamentares para discutir e solucionar problemas específicos, das propostas e emendas constitucionais de grande utilidade para a sociedade, mas reprovadas por “boicotes” da oposição, etc. Informadas sobre, muitas dessas pessoas teriam postura diferente. Como diz o filósofo, informação é poder.

Por isso a importância da imprensa como fiscal do poder público: informar a população sobre as decisões dos representantes dessa população. E ela tem se mostrado muito eficiente na divulgação de casos de corrupção e improbidade administrativa, como temos visto no impeachment de Collor, as estripulias de Paulo Maluf, os mensalões petista e do DEM e as relações obscuras entre o ex-senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, só para citar exemplos mais recentes.

Fatos tristes, lamentáveis, que devem ser repassados à sociedade

Assim como os bons exemplos de políticos honestos e empenhados no bem-estar da sociedade.

Você sabe como funciona uma Câmara Municipal? Quais as atribuições dos três poderes? O que fazem os deputados da Alerj? Como funciona a abertura de uma CPI? Qual a atuação específica de cada uma das três esferas do executivo? Essas e outras questões, infelizmente, não são discutidas. Para esse debate entrar na agenda da sociedade, a imprensa teria um papel fundamental.

A mídia tem o papel fundamental de manter a sociedade informada, para que esta possa cobrar seus direitos e ter consciência de seus deveres. Mas, no papel de trazer a pauta política para a agenda da população, não tem feito de forma completa: apenas os podres da política tem ganho espaço nos jornais. É necessária uma cobertura mais profunda das atuações de vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidentes.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Carnaval e política = (uma pertinente) confusão

Em época de eleições é fundamental que a população se mantenha mais alerta do que nunca. O governo aproveita para realizar promessas engavetadas durante os três anos e meio anteriores ao pleito. O povo, claro, cai como bobo, já acostumado com o dito "rouba, mas faz". "Ah, pelo menos ele está fazendo alguma coisa", é o que mais tenho ouvido ultimamente. Ou então "mudar para quê? É tudo a mesma merda", e por aí vai.

Aí, o sujeito vai lá e vota no Zé das Couves, achando que é protesto. Ou não vota em ninguém, pois está descrente com o mundo, e depois quer posar de revoltado com a política vigente neste país de merda.

Na hora de se revoltar de fato, prefere ficar acomodadinho, bem quietinho. E aí, mermão, eles fazem a festa. Aproveitam da ignorância coletiva para vender o peixe que lhes for conveniente.

Afinal, nesta peixaria chamada Brasil, o cliente nunca tem razão. Ele nem sabe o que é ter razão, pois ele não escolhe nada. "É tudo peixe", é o que ele pensa.

Daí se aproveitou a presidente do Salgueiro na última quinta-feira, aproveitando para jogar Marcelo Freixo contra o povo lançando um manifesto patético onde acusa o candidato de censurador do carnaval(leia aqui). Como se não bastasse, ainda libera a quadra de graça para um "protesto". Protesto contra o quê mesmo? Que se dane, eu quero é samba!

Ela sabe que funciona assim. Eles todos sabem.

Você também deveria saber.

Como não poderia ser diferente, o candidato se defendeu dos ataques patéticos e explicou o que pretende no seu programa de governo: destinar o dinheiro da prefeitura (dinheiro seu, diga-se de passagem) de maneira correta, ou seja, para o povo. Não para financiar esquemas de lavagem de dinheiro (esse incentivo às escolas de samba não é declarado) e um carnaval puramente comercial.

Agora, perca seis minutos da sua vida para assistir este vídeo e tirar suas próprias conclusões:



Agora, se você comprar peixe estragado novamente, não reclame que ninguém te avisou.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O que tem demais na derrota da Espanha sub-23?

Muito se fala no futebol da seleção espanhola como o melhor do mundo. Afirmação justa e indiscutível. Mas, como sempre, a imprensa busca teorias exageradas que expliquem o sucesso dos espanhóis. Já li e ouvi sobre CT mágico do Barcelona, seleções de base que copiam o padrão de jogo da seleção principal, inserção correta e moderada dos jovens nas equipes principais etc.

Portanto, quando a equipe olímpica espanhola pisou os gramados do Hampden Park, em Glasgow, para o duelo contra o Japão...se esperava um massacre! O toque de bola encantador da "escola espanhola" se sobreporia fácil, fácil diante dos limitados nipônicos.

Mas os comentaristas, jornalistas, especialistas e outros "istas" de plantão se esqueceram que ali não estavam Xavi, Xabi Alonso e Iniesta. Os motores do time espanhol que encanta o mundo e a verdadeira resposta para as teorias sobre o sucesso espanhol.

Estavam, sim, jovens muito promissores, como Juan Mata, Javi Martínez, Koke, Isco, Ander Herrera...mas nenhum deles joga "like a Iniesta/Xavi".

Portanto, por que esperar do sub-23 espanhol o mesmo rendimento do time principal. Os garotos não tem metade do entrosamento desta avassaladora Fúria campeã de tudo. Ainda assim, obviamente, tentaram jogar no estilo da seleção sênior mas, sem o entrosamento e a categoria das feras de Barcelona e Real Madrid, obviamente não foi tão fácil. Bastou um pouco de correria dos japas e a defesa espanhola se mostrou perdidinha, perdidinha. Aliás, o time todo se mostrou sem recursos e teve muita sorte de não ser massacrado pelos japas.

O time espanhol se mostrou para lá de comum. Pensavam ser o talento dos atuais campeões mundiais e europeus repassado através das camisas e só se tocaram da real quando não conseguiam furar a retranca japonesa com a facilidade dos seus mentores. Resultado: jogaram como qualquer timezinho, cruzando bolas na área a torto e direito ou chutando da maneira como a bola aparecia na frente.

Num grupo com HOnduras e Marrocos, se espera que a Espanha avance junto ao Japão. Mas a partida de ontem serviu para quebrar o status da Espanha de novo grande-super-mega formador de jogadores, e evidenciou o que ninguém queria enxergar: a Espanha é o que é hoje devido à excepcional geração que dispõe no momento, nada mais do que isso. Talento, meus amigos, não é hereditário nem se passa por tecido de camisa.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O futebol brasileiro ganhou junto com o Corinthians

O futebol brasileiro ganhou muito com o título do Corinthians na Libertadores, a despeito da torcida contra dos outros torcedores. Todos viram quarta-feira no Pacaembu um time de futebol na essência da palavra: com padrão tático, defesa forte e bom toque de bola. Planejamento, organização dentro e fora de campo e manutenção do treinador são alguns dos motivos que levaram a Fiel a comemorar o mais importante título das Américas pela primeira vez em 102 anos.

O Corinthians está longe de jogar um futebol vistoso, com jogadas de efeito ou dribles espetaculares. Joga para o gasto. Se arma muito bem na defesa, e sai "na boa", com atacantes rápidos e toque de bola envolvente. Não tem nenhum super craque badaladíssimo, mas tem excelentes jogadores que, juntos, compõem um grupo. Todos marcam, todos jogam juntos.

Mas para se forma um time com padrão tático e entrosado, é necessário tempo para treinar e, obviamente, manter os jogadores por um longo período juntos. Foi exatamente o que fez a diretoria do Corinthians, ao manter o técnico Tite no comando, apesar de o mesmo ter sofrido pressões a cada mau resultado da equipe neste período. Fosse como a maioria dos times no Brasil, teria Tite sido demitido já na derrota para o Tolima, no ano passado. Felizmente, por lá a coisa foi diferente.

Igualmente importante foi o esforço da diretoria para manter os jogadores no elenco. Dos titulares em campo quarta-feira, oito trabalham com Tite desde sua chegada ao Parque São Jorge. Os três "forasteiros" são Cássio, Emerson Sheik e Alex, sendo os dois últimos campeões brasileiros no ano passado.

Não é segredo para ninguém que um grande time precisa ser unido, entrosado, com um técnico respeitado pelos jogadores e respaldado pela diretoria. Tudo isso nós vemos no Corinthians, e não vemos na maioria dos times do Brasil. As teorias sobre planejamento, manutenção de elenco e permanência de treinador ganham ainda mais força com a vitória do Corinthians, que vai servir de "puxão de orelhas" nos demais dirigentes.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Aliança de Lula com Maluf é culpa do sistema político brasileiro

O país inteiro se chocou ao ver Lula apetar a mão de Paulo Maluf e selar o apoio do progressista à candidatura de Fernando Haddad. A primeira vista, uma grande surpresa; mas se pararmos para visualizar a conjuntura política no Brasil, fica fácil entender o que está por trás de imagem tão intragável: mas passado os primeiros minutos do baque provocado por tal situação, a cabeça volta ao lugar e ajuda a compreender os motivos de tal aliança.



Em pesquisa realizada pelo Datafolha na semana passada, Haddad aparece com 8% dos votos, contra 30% de Serra. O motivo? Um pouco mais de exposição na TV com o presidente Lula. Em troca de mais 1 minuto e meio no horário eleitoral (acredite, isso é muita coisa), o PT sela essa aliança com corrupto Maluf, um clássico "rouba, mas faz", com um eleitorado decadente mas ainda expressivo em São Paulo. Além do tempo de TV (fundamental para um candidato desconhecido como Haddad), Maluf vai garantir mais uma boa fatia de votos para o petista. Atrás desses votos estava Serra, desagradado em perder o apoio de Maluf para o PT.

A questão é: onde entra a ideologia do PT nesta história? Ao meu ver, ela só vai entrar depois de assumido o governo: no momento, ela fica em segundo plano, pois o mais importante é garantir a eleição de Haddad, custe o que custar. Até mesmo uma aliança com Paulo Maluf. Haddad precisa dos votos do deputado, caso contrário eles iriam para José Serra, e aí suas chances de vitória diminuiriam consideravelmente.

É muito fácil para a esquerda oposicionista criticar o Partido dos Trabalhadores, mas a eles faço uma pergunta: o que fariam caso estivessem na situação? E de que forma planejam um dia serem eleitos? Se a resposta for algo como "preferimos perder a eleição a nos sujeitarmos a esse tipo de coisa", alguma coisa está errada.

É claro que o grande número de alianças realizadas pelo PT nas últimas eleições vêm desagradando o eleitor petista, e dando ao partido uma imagem de "vendido". Mas, devido a essa verdadeira orgia pluripartidária, onde partidos são criados à base de interesses pessoais, coligações são montadas com base em necessidades políticas (votos, secretarias, ministérios, tempo de TV), em detrimento das afinidades ideológicas. A aliança com Maluf fere o ego petista, mas política no Brasil é assim: ou você cola com o lobo e vai à caça dos seus interesses, ou faz o papel do cordeiro que berra, berra mas não sai do lugar.