Na jornada da guerra contra o crack, o governo estadual e a prefeitura do Rio de Janeiro vão receber R$ 240 milhões dos cofres federais até 2014. É a adesão ao programa "Crack, é Possível Vencer". O dinheiro será investido em centros de reabilitação (os Centros de Atenção Psicossocial), na formação de mais profissionais de abordagem social (os quais vão "bater um papo" com os usuários e tentarem ajudar a polícia na remoção) e, claro, no reforço do policiamento nas cracolândias.
Nossa, que legal! São mais R$ 240 milhões de investimentos no combate às drogas. Que governo preocupado com o bem-estar de sua população.
Acontece que remover o usuário à força, como já se viu inúmeras vezes, e levar para esses centros de reabilitação (cujo funcionamento é altamente questionável) não funciona. Na primeira oportunidade, ele vai fugir. Se é difícil para drogados "de família" se recuperarem, mesmo contando com centros bem-estruturados e o apoio incondicional de seus familiares, imagine para um morador de rua, jogado à força num local estranho e pouco acolhedor.
Se ele não quer ficar lá, é porque o lugar é desagradável (acho que só o governo não entende isso). E não como se diz por ai, que "é vagabundo mesmo, só quer saber de fumar, não tem jeito".
Tem jeito, sim.
Mas, antes de se anunciar o pomposo investimento de R$ 240 milhões, deve-se pensar para onde vão esses milhões (além de alguns bolsos privilegiados, claro).
Ocupar aquelas mentes com algo útil e interessante É a solução. Aí, o sujeito vai se sentir bem no centro, e não vai mais querer sair. Ok, tem as recaídas, e tudo o mais. Mas podem ter certeza de que os resultados vão melhorar.
Outro ponto importante: criou-se a cultura de "combater" o uso das drogas. Tal qual numa guerra você mata pessoas, querem agora "matar" as drogas. Como disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha: "O enfrentamento ao crack necessita de uma ação enérgica e de repressão vigorosa pela Polícia Militar."
Brilhante, senhor ministro. Até agora, os resultados provam o contrário.
Por isso, deixo um exemplo de quebra de paradigma (#professorpasqualefeelings) para vocês refletirem: o projeto Papel Pinel, do Instituto Municipal Philippe Pinel, onde um bando de loucos fadados a vidas desgraçadas e onerar os cofres públicos criam bolsas, caderninhos e camisas com materiais reciclados. Dê uma olhada no site e tire suas conclusões.
Gostou, Cabral? Ou vai me dizer que os "cracudos" não têm capacidade para isso?
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quinta-feira, 26 de abril de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
Afinal, é Malvinas ou Falkland?
Trinta anos após a Guerra das Malvinas, a polêmica em torno da posse do arquipélago é grande. A favor da Inglaterra, o fato de a cultura na ilha ser predominantemente britânica. Os argentinos contra-atacam baseados na proximidade geográfica e na posse . Se há mais algum argumento de ambas as partes, sinceramente, não sei.
Nem preciso saber, pois tudo não passa de balela. O foco ali é o petróleo, e nada mais.
Cristina Kirchner quer defender a posse dos "recursos naturais". A Inglaterra quer o mesmo.
E a população das Malvinas/Falkland, o que quer? No mundo ideal, eles escolheriam seu destino e a questão se resolveria prontamente. Mas...para o "azar" deles, há reservas de petróleo no arquipélago. São reféns de sua própria riqueza.
Pelo que vi nesta matéria do Globo (assista aqui), os ilhéus são britânicos; logo, talvez fosse melhor esse arquipélago cair de vez nas mãos da rainha Elizabeth.
Nem preciso saber, pois tudo não passa de balela. O foco ali é o petróleo, e nada mais.
Cristina Kirchner quer defender a posse dos "recursos naturais". A Inglaterra quer o mesmo.
E a população das Malvinas/Falkland, o que quer? No mundo ideal, eles escolheriam seu destino e a questão se resolveria prontamente. Mas...para o "azar" deles, há reservas de petróleo no arquipélago. São reféns de sua própria riqueza.
Pelo que vi nesta matéria do Globo (assista aqui), os ilhéus são britânicos; logo, talvez fosse melhor esse arquipélago cair de vez nas mãos da rainha Elizabeth.
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